BPI vai mesmo ter mais administradores. Passam a ser 20
O banco liderado por Pablo Forero aprovou em assembleia geral aumentar o número de administradores para 20 em relação aos anteriores 19. Isto numa altura em que o BCP está a encolher a equipa.
O BPI decidiu aumentar o número de administradores. Foi aprovado na assembleia geral de acionistas do banco liderado por Pablo Forero que a administração terá agora 20 membros em relação aos anteriores 19. É uma decisão que contraria o que está a acontecer no BCP, numa altura em que a instituição financeira se preparada para encolher o conselho de administração para 17.
“[O BPI] aprovou, unanimidade dos votos expressos, a proposta do acionista CaixaBank de aumento do número de membros do conselho de administração e eleição, para preenchimento da vaga assim criada e até ao final do mandato em curso 2017-2019, de António José Rebelo de Andrade Cabral”, lê-se no documento enviado à CMVM. O artigo 15.º dos estatutos prevê que o conselho de administração do BPI seja composto por um número mínimo de 11 e máximo de 25.
"[O BPI] aprovou, unanimidade dos votos expressos, a proposta do acionista CaixaBank de aumento do número de membros do Conselho de Administração e eleição, para preenchimento da vaga assim criada e até ao final do mandato em curso 2017-2019, de António José Rebelo de Andrade Cabral.”
É uma decisão em sentido contrário à do BCP, que se prepara para reduzir a administração para 17 membros. E contraria também as orientações do Banco Central Europeu. É que Mario Draghi defende que os conselhos de administração dos bancos devem ser mais reduzidos, mas também devem ter mais independentes. E, neste ponto, o BPI, apesar de aumentar o número, acaba por seguir as regras.
Para a vaga agora criada o BPI propõe eleger António Rebelo de Andrade Cabral. António Cabral trabalhou na Comissão Europeia, tendo sido conselheiro do vice-presidente, Valdis Dombrovskis.
Ao mesmo tempo, o BPI aprovou o novo Conselho Fiscal liderado por Manuel Sebastião. Desta entidade fará também parte Rui Guimarães, Elsa Roncon e Ricardo Pinheiro, sendo Luís Patrício e Manuel Correia de Pinho os suplentes. No entanto, a equipa só vai entrar em funções “após a obtenção da competente autorização da autoridade de supervisão”. Até lá, os atuais membros do Conselho Fiscal manter-se-ão em funções.
Voto de louvor à nova equipa
Nesta assembleia-geral foi igualmente aprovado o relatório e contas para 2017, por unanimidade, mas também houve um voto de louvor à nova administração liderada por Pablo Forero. O espanhol substitui Fernando Ulrich na liderança do banco após a compra do BPI por parte do CaixaBank no ano passado.
Os acionistas aprovaram, “por 99,27% dos votos expressos, a proposta do acionista CaixaBank de um voto de confiança e louvor ao Conselho de Administração e ao Conselho Fiscal, extensivo a todos e a cada um dos membros dos órgãos sociais pela forma como exerceram as respetivas funções durante o exercício de 2017″. No exercício de 2017, o banco obteve lucros de 10 milhões de euros, uma forte quebra face aos 313 de 2016.
(Notícia atualizada às 10h53 com mais informação)
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