Nuno Amado: “Estamos a captar clientes, o que já não fazíamos há muitos anos”
Para Nuno Amado, o sistema bancário está “muito mais equilibrado, resiliente e forte” e mais bem preparado para apoiar a economia nacional. O responsável defendeu ainda a necessidade de investimento.
O presidente da Comissão Executiva do Millennium BCP, Nuno Amado, considerou esta quarta-feira que o sistema bancário está “muito mais equilibrado, resiliente e forte” e mais bem preparado para apoiar a economia portuguesa.
“O sistema bancário está hoje em dia bastante mais forte e muito mais resiliente do que estava quando tivemos a crise passada, porque quando entramos na crise, o sistema bancário e alguns dos bancos tinham um défice de capital, um problema de equilíbrio de balanço e um nível ou qualidade de crédito que se veio a provar que não era exatamente a que devia ser”, disse, durante a abertura do lançamento da 2.ª edição dos prémios Millenium BCP Horizontes, no Porto.
Nuno Amado defendeu que “grande parte dos desafios” que existiam no início da crise estão resolvidos, havendo hoje rácios de capital muito mais fortes, um nível de depósitos mais equilibrado com o nível de crédito e uma carteira de crédito mais bem estruturada, lembrando, contudo, que existem restrições, “como em tudo”.
A banca está mais bem preparada e o BCP está mais bem preparado para apoiar a economia, sendo necessário haver mais investimento, frisou. “O país precisa de investimento, podemos ter um crescimento significativo durante uma fase com investimento menor, mas se quisermos ter um crescimento sustentado temos de aumentar o investimento”, salientou.
Sublinhando que é importante haver investimento público e privado, o presidente da Comissão Executiva acredita, no entanto, que o setor privado tem de ser o motor, acrescentando que conta “com os empresários portugueses para reforçarem o investimento”, pois, “com isso o país manterá um nível de sustentabilidade com o modelo de crescimento atual”.
Sobre a apresentação dos resultados do primeiro trimestre, agendada para segunda-feira, Nuno Amado explicou não poder avançar dados, frisando apenas que o BCP está numa “caminhada progressiva” com coisas boas e menos boas. “Hoje temos rácios de capital mais fortes e estamos a captar clientes, o que já não fazíamos há muitos anos numa dimensão significativa. O primeiro trimestre tem números interessantes, o número de depósitos é maior que o montante de crédito”, afirmou.
Hoje temos rácios de capital mais fortes e estamos a captar clientes, o que já não fazíamos há muitos anos numa dimensão significativa. O primeiro trimestre tem números interessantes, o número de depósitos é maior que o montante de crédito.
O BCP está a fazer bem o trabalho de casa e “esta cá” para apoiar a economia, asseverou.
“Posicionamo-nos como o banco privado de base portuguesa que tem um conjunto de acionistas diversificados, mas temos duas ou três características claras, somos de base portuguesa, consolidamos em Portugal, temos uma base de acionistas em Portugal que mais nenhuma tem e temos esta proximidade aos clientes”, terminou.
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