Banco de Inglaterra deixa de sinalizar corte do juros
Aceleração da inflação em torno da meta pretendida leva banco central britânico a rever política monetária.
Com a fraqueza da libra a puxar pelos preços mais do que o esperado, o governador Mark Carney e o Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra já não preveem cortar as taxas de juro de referência. Depois do corte efetuado em agosto na sequência do Brexit, os responsáveis do banco central britânico consideram agora que a orientação relativa à probabilidade de outro corte “expirou”.
O Banco de Inglaterra está a antecipar que a inflação suba no início próximo ano para uma taxa superior à meta de 2%, uma valor que deverá manter-se até 2019 — no final desse ano a taxa de inflação deverá ficar nos 2,5%.
“Há limites à extensão a partir da qual uma inflação acima da meta é limitada”, referiu o comité do banco central. Não houve alteração nem na taxa de juro de referência, fixada nos 0,25%, nem no programa de estímulos monetários.
No mesmo comunicado, os responsáveis britânicos adiantaram ainda que, em face a mudança de tom no mercado em agosto, a sua política monetária poderá responder “em qualquer direção a mudanças na evolução da economia”.
Quanto ao outlook económico, de resto, o Banco de Inglaterra reviu em alta as suas projeções, antecipando um crescimento de 2,2% este ano e 1,4% em 2017. No entanto, em relação a 2018, baixou as suas expectativas para uma expansão de 1,5%, citando pressões dos preços em torno dos rendimentos das famílias e um “incerteza persistente” em relação às negociações do Reino Unido para abandonar a União Europeia.
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