Procura mundial de ouro cai 10% no terceiro trimestre
A subida da cotação do ouro é um dos principais fatores a ditar a quebra da procura do "metal amarelo" a nível mundial, em especial por parte da Índia.
O apetite pela posse de ouro esmoreceu. O último relatório do World Gold Council revela que no período entre o início de julho e o final de setembro, a procura de ouro a nível global baixou 10%, para se fixar em 992,8 toneladas. Este valor compara com uma procura total de 1.104,8 toneladas verificada em igual período do ano passado.
O World Gold Council atribui a responsabilidade por este recuo aos elevados níveis de preços da matéria-prima. Ao longo do terceiro trimestre deste ano, o preço do “metal amarelo” andou em torno dos 1.300 dólares por onça. Ou seja, em níveis máximos de 2014. Uma subida que surge no seguimento do aumento dos receios relacionados com o Brexit, mas também em relação às eleições presidenciais norte-americanas. Atualmente a cotação do ouro está nos 1.284 dólares, 11% acima do valor registado no início deste ano.
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A quebra na procura resulta tanto do menor consumo da matéria-prima, como também do forte desinvestimento da parte dos bancos centrais mundiais no metal amarelo. As autoridades monetárias foram responsáveis pela aquisição de “apenas” 82 toneladas de ouro no último trimestre, um montante muito abaixo das 268 toneladas de metal adquiridas no mesmo período de 2015.
As aquisições dos bancos centrais nos nove primeiros meses do ano estiveram mesmo ao nível mais baixo desde 2010. Mas é possível que este cenário mude no futuro. De acordo com uma sondagem do World Gold Council, apenas um em dez bancos centrais revelou planos para reduzir as reservas nos próximos três anos. Já um terço não prevê qualquer alteração nas reservas enquanto 56% antecipa um crescimento nas reservas.
Apesar da quebra na procura, do lado da oferta do mercado registou-se um aumento perante o crescimento de 30% da reciclagem do metal amarelo que ajudou a ofuscar a quebra na produção mineira.
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