Bancos britânicos têm mais dois anos para reforçar capital
Foi alargado o prazo até 2022 para os bancos no Reino Unido reforçarem a sua posição financeira de modo a proteger os contribuintes de uma eventual falência das instituições.
Os bancos no Reino Unido vão ter mais dois anos do que o previsto para atingir os níveis de de capital exigidos pelo Banco de Inglaterra (BoE). Em causa estão as novas regras de controlo que o supervisor pretende implementar junto dos grandes bancos para evitar que sejam novamente os contribuintes britânicos a resgatar as instituições, tal como aconteceu após a crise financeira de 2008.
Deste modo, os bancos britânicos terão de levantar nos mercados um montante de cerca de 22,44 mil milhões de euros (20 mil milhões de libras) até 1 de janeiro de 2022, dois anos mais tarde do que o previsto inicialmente pelo BoE.
O reforço de capital do sistema financeiro faz parte de um esforço das autoridades de supervisão para evitar resgates públicos aos bancos, como sucedera após a crise financeira de 2008, quando o Governo britânico foi obrigado a entrar no capital do Lloyds e Royal Bank of Scotland para evitar o seu colapso.
“Esta política é um marco significativo na nossa jornada para acabar com bancos demasiado grandes para falir no Reino Unido”, declarou o governador canadiano do BoE, Mark Carney, num comunicado divulgado esta terça-feira.
"Esta política é um marco significativo na nossa jornada para acabar com bancos demasiado grandes para falir no Reino Unido.”
De acordo com as novas diretivas europeias, o supervisor bancário britânico estabeleceu requisitos mínimos de fundos próprios e créditos elegíveis para assegurar que os bancos e outras instituições financeiras apresentem recursos suficientes para suportar uma resolução ordeira sem necessidade de uma intervenção pública ou que evite um evento disruptivo no sistema financeiro.
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