Violas. OPA ao BPI “é inevitável”, ações disparam

“Esgotámos as nossas forças”, reconheceu Tiago Violas Ferreira, líder da Holding Violas Ferreira, principal opositor à OPA do CaixaBank sobre o BPI.

Principal opositor à OPA do CaixaBank sobre o BPI, a Holding Violas Ferreira reconheceu como “inevitável” a compra do banco português por parte dos espanhóis e lamentou a ausência de aliados contra uma operação que vai colocar 60% da banca portuguesa nas mãos de estrangeiros.

“Penso que é inevitável. Acho que tentámos… a nossa força de 2,7% e, principalmente, de sermos um acionista de referência portuguesa, tinha que ter aliados. E olhando para a estrutura acionista do BPI é muito fácil ver quem podiam ser os nossos aliados”, considerou Tiago Violas Ferreira em entrevista à Antena 1 e Jornal de Negócios.

“Estamos conscientes da força que temos e penso que esgotámos essa força. E portanto, as coisas vão ter de acontecer, o que tiver de acontecer (…) Se se consolidar 60% do sistema bancário português com centros de decisão em países estrangeiros, em que se calhar dão prioridade às suas economias, é preocupante”, referiu ainda.

O Grupo Violas é o maior acionista português do BPI, com uma participação de 2,7% do capital.

Desde as providências cautelares que interpôs junto do tribunal, em julho, que tem sido o principal responsável pelos sucessivo adiamento da assembleia geral que vai conduzir à aprovação da oferta de aquisição da parte do CaixaBank.

"Penso que é inevitável. Acho que tentámos… a nossa força de 2,7% e, principalmente, de sermos um acionista de referência portuguesa, tinha que ter aliados.”

Tiago Violas Ferreira, líder da Holding Violas Ferreira

Antena 1/Jornal de Negócios

Na sequência da posição assumida pelo grupo português, as ações do BPI dispararam esta manhã 5,7% até aos 1,099 euros, abaixo dos 1,113 euros oferecidos pelo CaixaBank na OPA.

A próxima assembleia geral está marcada para a próxima quarta-feira, dia 21.

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