Consumidores estão menos confiantes, mas otimismo das empresas está máximos de 16 anos
Perspetivas dos consumidores quanto à evolução do desemprego e da situação económica do país, mas os empresários mantêm-se otimistas.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em julho, depois de ter alcançado o seu valor mais alto em maio, numa altura em que se agravam as perspetivas relativas à evolução do desemprego e à situação económica do país. Em sentido contrário, o indicador de clima económico, que mede a confiança dos empresários, voltou a aumentar, desta vez para o valor mais elevado desde maio de 2002.
Os dados foram publicados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), que dá conta de que a “a redução do indicador de confiança dos consumidores em julho resultou do contributo negativo de todas as componentes, destacando-se as perspetivas relativas à evolução do desemprego e da situação económica do país”.
Isto depois de, em maio, o indicador de confiança dos consumidores ter aumentado pelo terceiro mês consecutivo e para o valor mais elevado da série do INE, reflexo, nessa altura, das perspetivas positivas quanto à evolução do desemprego e da situação financeira do agregado familiar.
Quanto às empresas, os indicadores de confiança aumentaram na indústria transformadora e nos serviços, tendo diminuído de forma ligeira na construção e obras públicas e no comércio.
A contribuir para o aumento da confiança no setor da indústria transformadora estão as perspetivas de produção, enquanto nos serviços os empresários mantêm perspetivas positivas relativamente à atividade da empresa e à carteira de encomendas, um sentimento que se mantém desde abril de 2016.
Já na construção, foi interrompido o ciclo de subidas do sentimento económico que se verificava desde julho de 2012, com um contributo negativo da carteira de encomendas.
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