Estado entra no capital do Siresp. Fica com 33% que eram da Galilei. Mas Altice passa a controlar empresa

Após o Governo ter anunciado em outubro que iria entrar no capital da empresa que gere a rede de comunicações de emergência, o negócio ficou agora fechado: assume posição de 33% que eram da Galilei.

O Estado já é acionista do Siresp. Depois de o Governo ter anunciado em outubro que iria entrar no capital da empresa que gere a rede de comunicações de emergência, o negócio ficou agora fechado: vai assumir a posição de 33% que pertencia à Galilei. Já a Altice tornou-se maior acionista da sociedade, isto após ter adquirido as participações da Esegur e Datacomp.

“Na sequência dos incêndios registados em 2017, o Governo decidiu, no Conselho de Ministros de 21 de outubro de 2017, assumir uma posição na estrutura acionista da Siresp”, informa um comunicado conjunto do Ministério das Finanças e do Ministério da Administração Interna divulgado esta quarta-feira. “Nesse contexto, o Estado irá assumir a posição acionista da Galilei, passando a deter 33% do capital social da Siresp SA“, acrescenta a mesma nota.

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Com isto, o Estado vai passar a ter dois membros do conselho de administração da empresa, um dos quais o presidente. Vai ainda estar representado na comissão executiva com dois dos três membros.

Ao mesmo tempo, a Altice Portugal exerceu o direito de preferência relativamente às participações detidas pela Esegur e Datacomp, que detinham em conjunto 21,55% do capital da sociedade, “visando assumir uma maior colaboração na garantia do funcionamento e da capacidade operacional da rede, enquanto parceiro tecnológico do projeto Siresp”.

Desta forma, a operadora ficou a controlar 52,1% do Siresp, sendo o maior acionista. Os outros 14,9% são detidos pela Motorola.

"O Estado irá assumir a posição acionista da Galilei, passando a deter 33% do capital social da Siresp SA.”

Ministério das Finanças e Ministério da Administração Interna

As mudanças na estrutura acionista do Siresp surgem depois das falhas nas redes de comunicação de emergência durante os graves incêndios do ano passado.

Do lado do Governo, destaca-se que “o Siresp entrará assim numa nova fase, (…) tendo em vista o reforço da segurança dos cidadãos e da eficácia do sistema de comunicações de emergência, (…) tornando-a mais resistente a falhas decorrentes de situação de emergência e catástrofe”.

Já a Altice Portugal “reconhece no Estado português um parceiro, tendo sempre em vista a defesa dos mais altos interesses dos cidadãos portugueses e da segurança nacional”. “Por esse motivo, mantém total disponibilidade e empenho para continuar a trabalhar e a colaborar com o mesmo em tudo o que diz respeito à Siresp, no sentido de assegurar os mais elevados padrões de qualidade e na garantia do pleno funcionamento da rede”, disse a operadora em comunicado.

(Notícia atualizada às 19h51 com comunicado da Altice)

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