Ryanair cancela 190 voos para esta sexta. 30 mil passageiros, incluindo portugueses, afetados pela greve
Devido à greve do pessoal do cabine em Portugal e outros cinco países, a Ryanair decidiu cancelar 8% dos voos que estavam agendados para esta sexta-feira. A greve deve afetar 30 mil passageiros.
A Ryanair decidiu cancelar 190 voos dos 2.400 que tem agendados para 28 de setembro, esta sexta-feira, devido a uma greve do pessoal de cabine. De acordo com a agência Reuters, a transportadora aérea avalia que cerca de 30.000 passageiros sejam afetados por perturbações relacionadas com esta greve na sexta-feira.
A greve inclui pessoal de cabine de Portugal, Espanha, Bélgica, Holanda, Itália e Alemanha. Esta greve à escala europeia é mais um passo na luta dos trabalhadores da Ryanair, que têm vindo a manifestar-se ao longo do verão, juntamente com os pilotos que também já efetuaram paralisações. Os tripulantes de cabine avisam agora que se as suas reivindicações não tiverem resposta poderão prolongar a paralisação por um mês.
Vários sindicatos europeus reuniram em Bruxelas na semana passada para agendar esta greve. Seis países participam no protesto, com a intenção de que a Ryanair aplique aos seus trabalhadores a legislação nacional dos seus países de origem, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade e garantia do ordenado mínimo. Pretendem também o fim de alegados processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo dos aviões abaixo das metas definidas pela empresa.
De acordo com o comunicado da Ryanair, os passageiros afetados pelo cancelamento dos 190 voos desta sexta-feira já foram contactados por email e SMS. A empresa afirma que a greve está a ser impulsionada por empresas concorrentes — por exemplo, alega que é um tripulante norueguês que lidera a greve em Espanha, e que em Portugal é a TAP que está a apelar a estas greves “sem o apoio da nossa tripulação portuguesa”. A Ryanair não tem reconhecido como interlocutor o sindicato português SNPVAC (Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil), cuja dirigente sindical, Luciana Passo, é afeta à TAP.
A empresa refere ainda no seu comunicado que está a fazer progressos nas negociações com os sindicatos, algo que não tem sido confirmado pelos representantes dos trabalhadores. A Ryanair refere que já acordou “mudar para contratos locais, leis locais e cobrança de impostos local tão depressa quanto possível em 2019”, estando assim “desiludida” que os sindicatos, liderados pelo que dizem ser a concorrência, insista em impulsionar as greves.
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