Farmácias têm prejuízo com medicamentos comparticipados
Um estudo da Universidade de Aveiro revela que o serviço público de dispensa de medicamentos comparticipados está a dar prejuízo às farmácias portuguesas, afirma a Associação Nacional de Farmácias.
As farmácias portuguesas estarão a ter prejuízo na dispensa de medicamentos comparticipados pelo Estado, de acordo com um estudo da Universidade de Aveiro que a Associação Nacional de Farmácias divulgou esta terça-feira. Mais de metade da rede de farmácias, concluiu este estudo, tem resultados negativos com a dispensa destes medicamentos.
O estudo da Universidade de Aveiro, que foi feito em colaboração com a sociedade de revisores Oliveira, Reis & Associados, avaliou os dados de 1.470 farmácias entre 2015 e 2016. Mais de metade, 63%, tiveram resultados negativos no mercado regulado e há mesmo 568 farmácias em insolvência.
Por cada dispensa de medicamentos comparticipados, estima o estudo, uma farmácia perde sete cêntimos em média, com um resultado líquido médio de cada farmácia de 3.836 euros negativos em 2016.
A Associação Nacional de Farmácias destaca também, num comunicado enviado às redações, que 22,8% das farmácias estão em situação de insolvência ou penhora, dados que partem do Centro de Estudos e Inovação em Saúde com base numa amostra de 2.922 farmácias.
A despesa do Estado com medicamentos, refere o estudo da Universidade de Aveiro, reduziu-se em 15% entre 2010 e 2016, algo que resultou do “decréscimo acentuado da despesa com medicamentos nas farmácias comunitárias, que reduziu 27%”. A despesa com medicamentos em meio hospitalar, na verdade, aumentou.
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