BCP e EDP pressionam e Europa arrasta Lisboa para o vermelho
Nenhuma das principais praças europeias escapou à razia provocada ainda pelas tensões que rodeiam os mercados italianos. As energéticas penalizaram fortemente o PSI-20.
A bolsa de Lisboa fechou com perdas esta quinta-feira, mas não o fez sozinha: todas as principais praças europeias fecharam em queda e, à hora de fecho em Portugal, também os principais índices do outro lado do Atlântico negociavam no vermelho. Num dia em que as dificuldades da Itália continuam a pressionar a Europa, as energéticas também castigaram o PSI-20.
O índice de referência nacional fechou a perder 0,76% para os 5.254,19 pontos, ficando no vermelho tal como Paris, Londres, Frankfurt e, até às 16h30, os índices norte-americanos. Em parte, a pressão vem de fora: “Na Europa, o tema dominante continua a ser a Itália e as projeções para o défice”, disse à agência Reuters a trader Carla Santos, da XTB. “Itália chegou a um consenso, elevar o défice acima do proposto pela UE em 2019, para os 2,4%, mas ir reduzindo nos anos seguintes. A questão que se coloca é como vai o Governo reduzir o défice nos anos seguintes, e se não estão a mandar areia para os olhos da UE”.
A pressão vinda de Itália — que também resultou na bolsa italiana a fechar com perdas de meio ponto percentual — afetou Lisboa, que foi ainda pressionada pelas energéticas. A EDP caiu mais de meio ponto percentual para os 3,18 euros, e a EDP Renováveis afundou 2,05% para os 8,59 euros. Também a Galp e Ren desvalorizaram esta quinta-feira.
A colocar um peso adicional no índice nacional esteve o BCP. A banca europeia esteve generalizadamente nas miras do ceticismo dos investidores, com a queda do Danske Bank, que está sob investigação nos Estados Unidos por lavagem de dinheiro na sua sucursal na Estónia. O BCP perdeu 2,2% para se fixar nos 0,2399 euros.
A subir, apenas três cotadas, com destaque para a Altri, que disparou 5,13% esta quinta-feira. A empresa terminou a sessão a valer 8,61 euros por título. O BPI reviu em alta o preço-alvo da Altri, prevendo que esta possa melhorar a sua atual cotação em 15,6%. Os analistas do banco consideraram que a subida dos preços da pasta de papel e a valorização do dólar deverão ajudar a Altri a ter uma melhor performance no futuro.
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