Juros da dívida disparam. Wall Street treme
Apesar da revisão em baixa das estimativas por parte do FMI, a economia dos EUA continua a dar sinais de fortalecimento. Com a expetativa de novas subidas de juros da Fed, os juros da dívida disparam.
A economia norte-americana continua a dar sinais de fortalecimento. E perante a perspetiva de que a Fed responda, com novas subidas da taxa de juro, os juros das obrigações dos EUA estão a disparar. Tocam máximos de vários anos, fazendo tremer os investidores que se afastam do mercado acionista. Wall Street está em queda.
O principal índice, o S&P 500, está a desvalorizar 0,22% para 2.873,94 pontos. Igual desempenho está a ser registado pelo industrial Dow Jones, que está a descer 0,11% para 26.402,50 pontos. O índice tecnológico, que na última sessão tinha contrariado a tendência negativa, segue as quedas. O Nasdaq recua 0,48% para 7.701,20 pontos.
No relatório publicado na terça-feira, o FMI reviu em baixa o crescimento mundial, estimando que a economia global crescerá 3,7% em 2018, o que fica em linha com o ano passado, mas abaixo dos 3,9% perspetivados em julho.
Quanto aos Estados Unidos, o organismo de Christine Lagarde manteve a previsão já adiantada em julho (isto é, um crescimento de 2,9%), mas adiantou que, no próximo ano, o crescimento da maior economia mundial deverá cair para 2,5%. Isto por causa da guerra comercial com a China.
No entanto, a cada novo indicador económico que é conhecido, aumentam os sinais de fortalecimento da maior economia do mundo. Desta vez foram os preços no produtor a espoletar os receios dos investidores quanto a novas subidas de juros por parte da Reserva Federal dos EUA — contra as quais Trump se tem insurgido.
A perspetiva de juros mais altos reflete-se na escalada dos juros das Treasuries, os títulos de dívida norte-americanos. Estão a tocar máximos, levando à queda das ações. O setor financeiro acaba por ser o mais castigado neste contexto.
A juntar à banca há outras empresas com sinal negativo, desta feita em resultado das renovadas ameaças do presidente norte-americano à China. Em declarações aos jornalistas citadas pela Reuters, Donald Trump disse que as potências em causa não estão prontas para chegar a acordo e garantiu que os norte-americanos estão preparados para retaliar caso Pequim decida responder às taxas aduaneiras impostas no mês passado.
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