Rui Rio: “Temo que o Orçamento do Estado possa ter um perfil eleitoralista. Temo o pior”
O líder do PSD diz que os receios de que a proposta de Orçamento do Estado para 2019 seja eleitoralista "agravaram-se" com a revelação de que a meta do défice é de 0,2%.
O líder do PSD, Rui Rio, diz temer “o pior” quando for conhecida a proposta de Orçamento do Estado para 2019, que está a ser elaborada pelo Governo. O social-democrata afirmou que os receios de que o Ministério das Finanças apresente um Orçamento eleitoralista “agravaram-se” com a revelação de que foi definida uma meta do défice de 0,2% para o próximo ano — defende um excedente. As declarações do presidente do PSD foram transmitidas pela SIC Notícias.
Questionado acerca da meta do défice já conhecida para 2019, Rui Rio sublinhou que teme que a proposta, que será conhecida na segunda-feira, repita “outros orçamentos” apresentados pelo PS no passado, relativos a ano de eleições — como em 2009 e 1999, exemplificou.
“Os temores que eu penso que não somos só nós que temos — acho que toda a gente tem — de que o Orçamento possa ter um perfil eleitoralista agravaram-se com estas últimas declarações. Na exata medida de que membros do Governo vendem o Orçamento de uma tal maneira… muito popular, de facilidades, [como se fosse] uma coisa fantástica. Vamos ver agora o conteúdo, mas eu temo o pior”, disse o presidente do PSD.
Questionado sobre se se referia aos aumentos salariais na Função Pública, Rui Rio optou por não responder diretamente. “Estou a pensar que só se veem medidas todas elas populares, todas elas muito boas, todas elas para conquistar votos. E nós temos é de ver medidas viradas para o futuro de Portugal. Isso é que é essencial”, referiu. E acrescentou: “Vamos ver, quando apresentarem o Orçamento na segunda-feira.”
Rio critica nomeação de um deputado do PS para a ERSE
O presidente do PSD aproveitou a oportunidade para criticar a nomeação pelo Governo do deputado do PS, Carlos Pereira, para ocupar a função de vogal na ERSE, a entidade que regula o setor energético em Portugal.
“Aquilo que me preocupa hoje é uma questão — que não é uma questão eleitoralista — de o Governo nomear para uma entidade reguladora uma pessoa que tem nenhuma formação na área da energia, que é um deputado do PS, antigo presidente do PS Madeira. As entidades reguladoras não são para partidarizar”, criticou Rui Rio, antes de participar na conferência O Futuro de Portugal e as relações com os EUA, em Lisboa.
O social-democrata concluiu, apontando que um regulador “não é propriamente o local onde devemos meter um político”. “Devemos meter uma pessoa com conhecimentos técnicos, neste caso na área da energia, porque estamos a falar da ERSE”, rematou.
(Notícia atualizada às 13h58 com mais informações)
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