Portugal regista taxas menos negativas para obter 1.250 milhões

IGCP foi esta quarta-feira ao mercado e conseguiu levantar 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. Mas taxas foram menos negativas do que no anterior leilão.

Portugal foi esta quarta-feira ao mercado e conseguiu levantar 1.250 milhões de euros em dívida de curto prazo. Mas as taxas foram menos negativas do que no anterior leilão comparável, apesar da boa notícia da Moody’s, que retirou a República do nível de “investimento especulativo” na semana passada.

Foram a leilão esta manhã bilhetes do Tesouro com duas maturidades: a três meses e a 11 meses. Neste último caso, os títulos com maturidade em setembro de 2019 permitiram um levantamento de 1.000 milhões de euros a uma taxa de juro de -0,26%, uma taxa inferior àquela que foi registada no anterior leilão comparável (-0,291%) realizado em agosto.

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Nos bilhetes com prazo em janeiro, o IGCP pagou uma taxa de -0,426%, ligeiramente inferior à que pagou na última operação do género (-0,291%). Nesta maturidade foram obtidos 250 milhões de euros.

A agência que faz a gestão da dívida registou um apetite sólido por estes títulos, especialmente no leilão a três meses, onde a procura foi três vezes superior à oferta. No outro leilão, a procura excedeu a oferta em 1,5 vezes, segundo revelou o IGCP de Cristina Casalinho.

Portugal continua a financiar-se com taxas negativas

Fonte: IGCP

Apesar do ligeiro agravamento das taxas, uma tendência dos últimos meses perante o fim dos estímulos monetários do Banco Central Europeu e situações políticas na Zona Euro que deixaram os investidores mais nervosos, Portugal continua a financiar-se com dívida de curto prazo com juros negativos.

O duplo leilão desta quarta-feira surge num contexto interessante no que toca às expectativas do mercado em relação a Portugal. Por um lado, a agência Moody’s subiu a notação da dívida portuguesa em um nível na semana passada, colocando-a num patamar de investimento de qualidade — há sete anos que Portugal não era considerado como “investment grade” para as três principais agências.

Por outro, o Governo apresentou esta segunda-feira a proposta do Orçamento do Estado para 2019, em que prevê uma queda da dívida pública para 118,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e um défice de -0,2%. O ministro das Finanças, Mário Centeno, sublinhou esta quarta-feira em entrevista ao Jornal de Negócios que Portugal teria um excedente se não fosse o Novo Banco.

(Notícia atualizada às 10h54)

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