Paulo Macedo: “Quando acionista deu ordens à CGD… deu mau resultado”

Paulo Macedo lembra que quando a CGD foi utilizada como "instrumento de política económica", isso "deu mau resultado". E diz que não se assegurar interesse público se tiver mais ou menos agências.

Questionado sobre qual é a missão do banco público, Paulo Macedo disse que há uma “grande confusão” sobre o papel da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e lembrou que, quando foi a instituição foi usada como instrumento de política económica pelos Governos do passado, isso “deu mau resultado”.

“Há grande confusão do que é um banco público. É um instrumento da política económica? Na Caixa parece que deu mau resultado. O que dizem é que quando o acionista deu ordens à Caixa para fazer isto e aquilo, parece que essas operações nestes dez anos… Aqui eram algum tipo de orientações e parece que esses negócios, ou uma parte deles, foram objeto de uma auditoria especial que não os conclui particularmente favorável”, revela o presidente da CGD no Fórum Banca, organizado pelo Jornal Económico e pela PwC, em Lisboa.

Por outro lado, e numa altura em que se encontrar a cumprir o plano de reestruturação acordado com Bruxelas no âmbito da recapitalização, Paulo Macedo sublinhou ainda que não é pelo facto de a CGD ter mais ou menos agências, ser mais barato ou não do que os outros bancos, que o interesse público está salvaguardado.

“No interesse nacional há uma certeza que eu tenho: não é por ter uma agência ou por ser o banco mais barato do que os outros que isso seja do interesse nacional”, disse.

No âmbito desse plano, foram injetados na CGD cerca de 4,9 mil milhões de euros, com uma parte deste dinheiro a vir dos cofres públicos. Macedo sugeriu que se o banco não tivesse o Estado como acionista dificilmente se manteria “português”.

“Se a CGD não fosse pública, seria portuguesa? Eu tenho uma certeza sobre isto, face a tudo o que se passou”, considerou.

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