Regulador da Concorrência já foi notificado da compra da Cimpor Portugal pelo fundo turco OYAK
O maior fundo de pensões turco, OYAK, já notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da intenção de adquirir a totalidade do capital da Cimpor Portugal.
O fundo turco OYAK (Ordu Yardımlaşma Kurumu), que anunciou em outubro a intenção de adquirir a totalidade do capital da Cimpor Portugal, notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) para que se pronuncie sobre a operação. Num aviso publicado esta terça-feira, a AdC refere que “a operação de concentração em causa consiste na aquisição pelo OYAK do controlo exclusivo da Cimpor Portugal, através da aquisição de 100% do capital social e direitos de voto desta última sociedade”.
Segundo o documento, o OYAK é o maior fundo de pensões da Turquia turcas e dispõe de atividades em 19 países, em setores variados. Em Portugal, a sua atividade centra-se no setor siderúrgico, automóvel, alumínios e polímeros. A concretizar-se a compra da Cimpor, o fundo OYAK passará a deter a maior empresa de cimentos portuguesa e ativos também em Cabo Verde. De acordo com o aviso, quaisquer observações de terceiros interessados sobre a operação de concentração em causa deverão ser remetidas à AdC no prazo de dez dias úteis.
No final de outubro, a Cimpor assinou um contrato com o OYAK para a venda de todos os ativos que compõem a Unidade de Negócio de Portugal e Cabo Verde da cimenteira. Com este negócio, o grupo alienará as três fábricas e as duas moagens de cimento, as 20 pedreiras e as 46 centrais de betão localizadas em Portugal e em Cabo Verde, referiu, sem adiantar o valor da operação.
Segundo o comunicado enviado em outubro “as atuais estruturas diretivas das áreas produtivas e dos serviços centrais da Cimpor em Portugal e Cabo Verde manter-se-ão em funções”. Em causa estão cerca de 800 trabalhadores nos dois mercados que a InterCement, holding para os negócios do cimento do grupo brasileiro Camargo Corrêa, decidiu alienar. A empresa continua instalada em Portugal, e com negócios em África (Moçambique, Egito e África do Sul) e América Latina (Paraguai, Argentina e Brasil).
Em 2017, a Cimpor registou um prejuízo 490,3 milhões de euros, o que representou uma redução face às perdas de 787,6 milhões de euros verificadas no ano anterior. De acordo com o relatório de gestão de 2017, divulgado na página da companhia na internet, “o resultado líquido apresentou uma recuperação de 44% em relação ao valor de 2016, somando um prejuízo de 439 milhões de euros e um prejuízo líquido atribuível a acionistas de 490 milhões de euros”.
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