Especulação, paiol, toupeira. Qual será a palavra de 2018?

Entre as palavras candidatas a "palavra do ano", na iniciativa da Porto Editora, é possível identificar os principais temas e tendências nacionais. Pode votar na sua preferida até ao final do mês.

Ao pensar em 2018, qual é a primeira palavra que lhe vem à cabeça? Já são conhecidas as dez concorrentes ao título de palavra do ano, uma iniciativa da Porto Editora, e está aberta a votação até ao final do último dia do mês de dezembro. Em 2017, a palavra do ano foi “incêndios”.

Assédio, enfermeiro, especulação, extremismo, paiol, populismo, privacidade, professor, sexismo, toupeira. Repetidas ao longo do ano pelos portugueses, identificam os principais temas e tendências nacionais.

Na lista encontram-se duas profissões, que têm feito frente ao Governo pelos seus direitos. Os enfermeiros têm reivindicações relacionadas com a carreira e grelha salarial e o atraso no processo negocial, que se arrasta há mais de um ano. Já os professores voltaram à mesa de negociações com o Executivo, mas sem resultados. A principal exigência prende-se com a contagem do tempo integral de serviço que esteve congelado nas carreiras especiais.

Um paiol é o local que se destina ao armazenamento de explosivos e munições. Aqueles localizados em Tancos foram palco de um dos casos mais mediáticos da atualidade nacional. Depois do furto de material militar dos paióis, parte foi recuperada. Com a investigação do Ministério Público, levantaram-se suspeitas de uma operação de encenação e encobrimento na operação. As questões que pairam agora são relativas a quem teria conhecimento do que se estava a passar.

O animal que marca presença entre as palavras do ano provavelmente deve-o ao clube da águia. O caso e-toupeira investiga se a Benfica SAD teve conhecimento e autorizou a entrega de benefícios a dois funcionários judiciais, por parte de Paulo Gonçalves, a troco de informações sobre processos em segredo de justiça, envolvendo o Benfica, mas também clubes rivais.

Especulação pode referir-se a várias coisas, mas aquela talvez mais utilizada neste ano foi a especulação imobiliária, ou seja o investimento em bens imóveis com o objetivo de obter lucros com sua venda ou aluguer no futuro. Uma das maiores polémicas relacionadas com este ato teve no centro o bloquista Ricardo Robles, que acabou por renunciar aos mandatos de vereador na Câmara Municipal de Lisboa e coordenador na concelhia do BE em Lisboa.

Assédio e sexismo poderiam também ser candidatas internacionais, tendo estado na ordem do dia à medida que vão sendo conhecidos casos de assédio sexual entre figuras públicas. Também a luta pela igualdade de género continua em força, com a denúncia e análise de sexismo nas mais diferentes áreas.

Também no panorama global se discute a privacidade, com as notícias de falhas de segurança de empresas tecnológicas a comprometerem dados de utilizadores a multiplicarem-se, e com a aprovação do novo Regulamento Geral de Proteção de Dados. Extremismo e populismo são igualmente preocupações a nível mundial.

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