Draghi: Recuperação económica dependente do BCE

Mario Draghi já vê sinais de recuperação da economia. Mas, diz o presidente do Banco Central Europeu, essa recuperação continua “altamente dependente” dos estímulos monetários levados a cabo pela autoridade monetária da Zona Euro. Ou seja, sem o BCE, não é sustentável. E não puxará pela inflação.

“Mesmo havendo vários sinais positivos para a economia na Zona Euro, a recuperação mantém-se altamente dependente das condições financeiras que, por sua vez, dependem do apoio monetário”, afirmou Draghi em Frankfurt, na Alemanha.

O Conselho de Governadores vai decidir no dia 8 de dezembro se prolonga o programa de estímulos além de março do próximo ano, altura em que o programa deveria terminar. O BCE já comprou dívida que ascende os 1,7 biliões de euros e muitos economistas preveem que Mario Draghi prolongue o programa, dado que a inflação na União Europeia ainda se mantém abaixo do objetivo. Em outubro a inflação foi de 0,5%.

A avaliação do BCE quanto ao prolongamento do programa vai depender da existência de uma recuperação sustentável e se essa recuperação vai levar a inflação a superar os 1,5% no segundo trimestre de 2017. Independentemente do programa de compra de dívida: “a dinâmica da inflação tem de ser sustentável”, refere Draghi. A meta do BCE é de uma taxa de inflação de 2%.