Siza Vieira quer falar com dona da Zara para conhecer planos para os próximos anos

O ministro Adjunto e da Economia mostrou esta quarta-feira vontade de se envolver pessoalmente na questão que levou a gigante espanhola do têxtil a reduzir as encomendas às empresas portuguesas.

O ministro Ajunto e da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu esta quarta-feira que o impacto da redução das encomendas da Inditex junto das empresas nacionais do setor têxtil é menor dado o cenário de crescimento económico e a redução do desemprego. No entanto, o governante mostrou vontade de se envolver pessoalmente no assunto, através de um diálogo com a dona da Zara. O objetivo é conhecer os planos futuros da gigante espanhola do setor têxtil.

Siza Vieira que está no Parlamento a prestar esclarecimentos aos deputados sobre política geral do ministério, respondia a questões colocadas pelo deputado do PCP Bruno Dias, que mostrou preocupação com os trabalhadores das empresas nacionais que tiveram redução das encomendas.

O ministro admitiu que “é muito preocupante quando a situação de uma empresa pode causar impacto social”, mas defendeu que num cenário de recessão económica, esse impacto é maior. “Num contexto em que a economia continua a crescer e o desemprego está baixo, a situação é menos preocupante”, argumentou, já que podem existir alternativas. O governante admitiu, porém, a necessidade de “apoiar as empresas a procurar outras empresas” para onde possam escoar os seus produtos, mas salientou que o essencial é ajudar a “libertar recursos humanos qualificados” que podem ir para outras empresas, caso as primeiras não consigam redirecionar as suas encomendas.

“As empresas que não encontrem capacidade para colocar produto, podem libertar recursos” para outras que estejam e precisar, defendeu.

A 11 de janeiro, o Jornal de Negócios avançou que Inditex está a reduzir o volume das encomendas às fábricas portuguesas, situação que tem gerado incerteza no setor têxtil nacional. A redução de encomendas do grupo espanhol está a preocupar os empresários do Vale do Ave.

Apesar de se assistir a uma queda das exportações para Espanha no setor têxtil, devido sobretudo à diminuição de encomendas da gigante Inditex, as empresas nacionais não vão estar a trabalhar menos para a dona da Zara. Há empresas nacionais que estão a deslocar a produção para Marrocos, onde, de resto, já estavam presentes, e continuam assim a trabalhar com a gigante espanhola, escreveu o ECO a 13 de janeiro.

Esta quarta-feira, no Parlamento, o ministro disse: “Temos de apoiar esse processo. O IAPMEI está a acompanhar a questão. Eu próprio tenho vontade de ter um diálogo com essa grande empresa para saber quais são os planos para os próximos anos“.

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