Sete em cada dez reconhecem impacto das redes sociais no recrutamento profissional
Como é que a tecnologia tem afetado o trabalho? É essa a pergunta que serve de mote ao novo estudo da CRL, que conclui que 7 em cada 10 já reconhecem o efeito das redes sociais no recrutamento.
À boleia das transformações tecnológicas e da digitalização, os modelos de recrutamento profissional estão a mudar, sendo já notório o impacto das redes sociais nesses processos. Isso mesmo assinalam 68% dos inquiridos do estudo “A economia digital e a negociação coletiva”, divulgado esta quinta-feira pelo Centro de Relações Laborais (CRL).
O estudo em causa pretende medir os impactos da “chamada economia digital no trabalho e no emprego, no contexto da realidade portuguesa e na perspetiva da contratação coletiva”. Para tal, foram questionados empregadores, representantes de empresas, comissões de trabalhadores, sindicatos e até um centro tecnológico sobre a evolução do emprego, o teletrabalho, a robótica, a segurança, a formação profissional e os modelos de recrutamento e contratação.
A propósito desse último ponto, 68% dos inquiridos fizeram questão de sublinhar o impacto das redes sociais no recrutamento, ainda que a entrevista presencial e o recrutamento junto de universidades se mantenham as técnicas predominantes.
No que diz respeito ao modelo de contratação, a prestação a tempo inteiro mantém-se a principal escolha na área financeira, do planeamento, dos recursos humanos e do serviço a clientes, ficando o modelo em turnos concentrado sobretudo na área da produção.
Questionados sobre que apostas se devem fazer para assegurar o acompanhamento da evolução tecnológica, os trabalhadores frisaram um “maior investimento na flexibilização dos regimes de trabalho, maior diálogo, reforço da formação profissional e a melhoria da qualidade dos equipamentos”. Do lado dos empregadores, a resposta foi mais sucinta. Defenderam uma aposta na informação e na formação “de modo a facilitar a adaptação à evolução tecnológica”.
Além disso, o estudo da CRL concluiu que, no quadro da contratação coletiva, já há “alguma incidência da economia digital”, mas nota que a presença do teletrabalho, dos meios de comunicação eletrónica, dos meios de vigilância eletrónica nas “320 convenções” de contratação coletiva estudadas ainda é “pouco significativa”.
Ainda assim, a CRL sublinha que “parece estar consolidada a ideia da utilidade da intervenção da negociação coletiva nestas matérias”.
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