Estado ignorou alertas de “risco de fraude” na CGD durante 7 anos
Revisor Oficial de Contas, o órgão de fiscalização do setor, lançou alerta em 2007 que foi ignorado pela tutela, pelo banco público e pelo regulador.
O Banco de Portugal, a Caixa Geral de Depósitos e a tutela não deram atenção ao alerta “de risco de fraudes e erros” lançado, em 2007, pelo órgão de fiscalização do banco. O Revisor Oficial de Contas terá alertado para riscos de fraudes ou erros poderem ocorrer sem serem detetados devido às limitações do sistema de controlo interno do banco público, nas áreas de gestão de risco, compliance e auditoria interna, escreve esta sexta-feira o Jornal Económico [acesso condicionado]. No entanto, o alerta foi ignorado tanto pelo regulador, pelo Estado e pelo próprio banco.
De acordo com a publicação, o primeiro alerta terá sido dado em 2007 quando, na presidência do banco público estava Carlos Santos Ferreira que, contactado pelo jornal, recusou fazer qualquer comentário. Nessa altura, José Sócrates liderava o Governo e, no Banco de Portugal, estava Vítor Constâncio como governador.
O jornal escreve ainda que, apesar das instruções do supervisor, em 2008, para os bancos reforçarem o SCI, no final de 2015, havia ainda falhas nos procedimentos internos que se traduziam num aumento grave da exposição da Caixa Geral de Depósitos ao risco.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Estado ignorou alertas de “risco de fraude” na CGD durante 7 anos
{{ noCommentsLabel }}