Lucros do Santander Totta sobem 14,6% para 500 milhões em 2018
Foi o último ano com Vieira Monteiro como líder do banco. Santander Totta, agora com Pedro Castro e Almeida como CEO, aumentou lucros em 14,5% para 500 milhões de euros em 2018.
No último ano de António Vieira Monteiro como líder do banco, o Santander Totta aumentou os lucros em 14,6% para 500 milhões de euros. Foi o melhor resultado desde 2015 para o banco que agora é presidido por Pedro Castro e Almeida.
A dar força às contas do banco esteve a subida da margem financeira (juros recebidos dos empréstimos menos os juros pagos nos depósitos), que disparou mais de 24% para 866,3 milhões de euros. Também as comissões aumentaram 12,5% para 372 milhões de euros.
Contabilizando ainda a descida dos resultados de operações financeiras (-78% para 26,4 milhões), o Totta registou um aumento de quase 10% do seu produto bancário para 1.261,1 milhões de euros.
Venda de 600 milhões em imóveis
O lucro também foi “ajudado” pela inversão na rubrica de imparidades e provisões, onde há um contributo positivo de mais de 56 milhões de euros. Manuel Preto, CFO do Santander Totta, explicou que esta evolução tem sobretudo a ver com vendas de imóveis que pertenciam ao Popular Portugal (adquirido no final de 2017) no valor de 600 milhões de euros que o banco foi realizando ao longo do ano passado.
De resto, o Totta também alienou 1.000 milhões de euros em ativos de crédito malparado, mas estas operações tiveram impacto quase nulo nesta rubrica, o que significa que “o nível de provisões estava devidamente calculado”, disse Manuel Preto. O banco finalizou 2018 com um rácio de malparado de 4%.
Do lado do balanço, o banco observou uma ligeira redução do crédito para 40,4 mil milhões de euros devido à venda do malparado. Excluindo este impacto, a carteira de empréstimos teria estabilizado face a dezembro de 2017, salienta a instituição. Quanto aos recursos de clientes, que subiram mais de 7% para os 39,4 mil milhões de euros, com os depósitos bancários a crescerem 6,3% neste período.
Custos com pessoal aumentam 15% com integração do Popular
O Santander Totta também observou um aumento de 15% dos custos com pessoal, reflexo da integração do Popular. 2018 terminou com 523 balcões e o banco adianta que agora vai analisar caso a caso para fundir grandes agências nos centros urbanos. Já no que toca ao número de colaboradores, registou duas centenas de saídas no ano passado, empregando atualmente 6492 trabalhadores.
Na conferência de imprensa de estreia de Pedro Castro e Almeida enquanto líder, o responsável sublinhou o aumento da rentabilidade do banco medida pelo ROE, que atingiu os 12,4% no final do ano passado. “Somos o único que tem uma rendibilidade acima do seu custo de capital”, destacou o novo CEO.
Aproveitou ainda conferência para apresentar a nova administração executiva, que é composta ainda por Isabel Guerreiro, Miguel Belo de Carvalho, Manuel Preto, Inês Oom de Sousa e Amílcar Lourenço. “É uma equipa com backgrounds diferentes e que se complementa muito bem. Vai ajudar o banco a evoluir e a acompanhar estes tempos de mudança”, frisou.
(Notícia atualizada às 13h37)
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Lucros do Santander Totta sobem 14,6% para 500 milhões em 2018
{{ noCommentsLabel }}