Grupos no WhatsApp? Em breve, só com a sua autorização
Vai haver uma nova opção no WhatsApp para que tenha mais controlo sobre os grupos a que o seu número de telemóvel é adicionado. Primeiro, receberá um convite. E vai ter três dias para decidir.
Estão sempre a adicionar a sua conta do WhatsApp a grupos, sem a sua autorização? Em breve, a aplicação de mensagens mais usada em todo o mundo deverá dar-lhe uma opção para impedir que isso aconteça. É a solução encontrada pelo WhatsApp para que não tenha de se dar ao trabalho de sair de um grupo para o qual sempre desejou nunca ter entrado.
A nova função já está a ser testada pelo WhatsApp, refere o El País, que cita um portal especializado em novidades do WhatsApp, mas não é certo se vai ser ativada de forma predefinida para todos os utilizadores quando chegar à generalidade das pessoas. Sabe-se apenas que os mais de 1,5 mil milhões de utilizadores do WhatsApp poderão decidir se podem sempre ser adicionados a grupos, ou se poderão ser adicionados apenas por pessoas que já estejam na sua lista de contactos.
Neste último caso, se a sua conta for adicionada a um grupo por alguém que não esteja na lista de contactos, receberá o convite, que é válido por 72 horas (três dias), cabendo ao utilizador decidir se quer aceitar ou não. Haverá ainda uma terceira opção, para que possa bloquear todas as tentativas de adicionarem o seu perfil a um grupo.
Os grupos do WhatsApp são comunidades de mensagens com até 250 pessoas. São usadas por famílias, grupos de amigos, organizações e empresas para agregar vários utilizadores numa espécie de canal privado de comunicação, ao qual apenas os membros adicionados têm acesso. Mas esta nova opção, dada pela empresa detida pelo Facebook, vem também responder a um outro desafio mais proeminente: o das fake news e da propaganda política sem escrúpulos.
O envio massivo de material com informação falsa e propagandística tem sido apontado como um dos fatores que mais ajudou à eleição do republicano Donald Trump para Presidente dos EUA, ou do candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, que é o recém-empossado Presidente do Brasil.
Concretamente, em relação a este último, os grupos no WhatsApp tiveram um papel especialmente relevante. Neles, durante a campanha eleitoral, eram diariamente partilhadas milhões de mensagens incendiárias, muitas delas com informação falsa. Com as eleições europeias cada vez mais perto, a empresa fundada por Mark Zuckerberg tem estado numa corrida contra o tempo, no sentido de implementar soluções que possam mitigar este problema, sem desvirtuar o conceito por detrás do serviço.
Apesar dos esforços, o homem que criou o Facebook e que também é líder máximo do WhatsApp tem sido alvo de críticas, de várias frentes, que o acusam de não estar a tomar as medidas certas para combater o flagelo da desinformação por ter receio de penalizar as receitas da multinacional.
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