BPI também supera teste do BCE. CGD tem rácios mais robustos
Banco liderado por Pablo Forero junta-se à CGD e diz que também passa o teste do BCE. Mas banco público apresenta rácios mais robustos em absoluto e em face das exigências do supervisor.
O Banco BPI também superou o teste do Banco Central Europeu (BCE) em matéria de requisitos mínimos de capital que tem de ter este ano. Mas, ainda que o supervisor europeu tenha exigidos níveis mais baixos ao banco liderado por Pablo Forero do que à Caixa Geral de Depósitos, o banco público apresenta maior robustez.
Para já, apenas BPI e CGD anunciaram publicamente quais os rácios mínimos de fundos próprios exigidos pelo BCE para este ano, isto na sequência dos testes do SPREP — supervisory review and evaluation process — conduzidos pelo supervisor europeu e que fazem uma avaliação banco a banco e tem em conta variáveis como o modelo de negócio, fundos próprios e liquidez para determinar os requisitos de capital.
Ambas as instituições cumprem os rácios mínimos de capital. Mas enquanto ao BPI são exigidos níveis de fundos próprios menos restritivos, a CGD consegue superar de forma mais robusta os rácios mais elevados que tem de respeitar.
O BPI informou esta quarta-feira que as autoridades exigem rácios fully loaded (totalmente implementados) CET1, T1 e Total de 9,5%, 11% e 13%, respetivamente, a partir de 1 de janeiro de 2019. No final do ano passado, estes níveis não só já eram cumpridos como eram superados em 3,7 pontos percentuais, 2,2 pontos e 1,9 pontos, o que permite ao banco analisar o montante de dividendos que poderá distribuir à casa-mãe, o CaixaBank, conforme tinha dito Pablo Forero na apresentação dos resultados.
Na véspera, a CGD comunicou que tinha de ter aqueles rácios nos 10,25%, 11,75% e 13,75%, algo que disse cumprir com “uma significativa margem” a 31 de dezembro de 2018: fixavam-se 4,45 pontos percentuais, 3,95 pontos e 3,25 pontos acima, respetivamente.
O facto de o BCE exigir níveis de fundos próprios mais elevados à CGD tem a ver com a avaliação que fez ao seu perfil económico e financeiro. Os outros bancos que estão sob a alçada do supervisor europeu também deverão publicar em breve os requisitos mínimos prudenciais que têm de respeitar em 2019. Por exemplo, António Ramalho já disse aos trabalhadores que o BCE aliviou os níveis exigidos para o Novo Banco, mas não numa dimensão que estava à espera.
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