Taxas do crédito à habitação sobem pelo terceiro mês consecutivo. Tocam máximos de julho de 2016

A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação sobe pelo terceiro mês consecutivo, para os 1,061%, em fevereiro.

A taxa de juro implícita dos contratos de crédito à habitação subiu em fevereiro para 1,061%, atingindo máximos de julho de 2016. Agravou-se pelo terceiro mês consecutivo, numa altura de correção dos juros no mercado, mas também de um crescimento dos novos créditos que são realizados com taxas acima da média global.

O valor registado em fevereiro compara com os 1,054% verificados no primeiro mês deste ano, mostram os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Depois de ter caído em novembro, tem vindo sempre a aumentar, avançando para o nível mais elevado em dois anos e sete meses. Já nos contratos celebrados no curto prazo, nos últimos três meses, a taxa de juro subiu de 1,282% para 1,423%, indica o organismo público de estatísticas.

A prestação média vencida continua estável, e manteve-se pelo terceiro mês consecutivo em 244 euros. Deste valor, cerca de um quinto corresponde ao pagamento de juros, e o restante a capital amortizado. No caso dos “contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação aumentou 17 euros em fevereiro, para 326 euros”, revela o INE.

Evolução dos juros implícitos nos últimos dois anos

Fonte: INE

Apesar da subida nas taxas verificada em fevereiro, nos próximos tempos há margem para que esta tendência abrande. É que apesar da subida ser “patrocinada” pelos novos contratos, os spreads que estão a ser praticados atualmente nestes empréstimos estão em queda.

Nos últimos meses, os bancos em Portugal entraram numa forte competição para atrair clientes neste segmento. Depois do BPI e do Crédito Agrícola, também o Santander Totta reviu esta segunda-feira em baixa a margem mínima que cobra para financiar a compra de casa. O banco liderado por Pedro Castro e Almeida colocou o spread mínimo do crédito à habitação em 1,2%, passando a ser o mais baixo entre os cinco maiores bancos, ao deixar de igualar o BCP, Novo Banco e o BPI.

As maiores instituições financeiras em Portugal aproximam-se cada vez mais da oferta mais competitiva do mercado, oferecida pelos bancos mais pequenos: o Bankinter apresenta o spread mínimo mais baixo do mercado nos 1%, seguido pelo Banco CTT em 1,1%. No lado oposto, o Eurobic e o Montepio mantêm as margens mínimas menos atrativas do mercado nos 1,49% e 1,5%, respetivamente

(Notícia atualizada às 11h50)

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