Pactos com seis clusters para acelerar exportações
Em causa estão seis clusters que agregam 748 empresas e 1,04 milhões de trabalhadores e respondem por um volume de exportações de 39,6 mil milhões de euros.
Acelerar as exportações, a internacionalização e a formação dos recursos humanos. Estes são alguns dos objetivos que se pretendem atingir com a assinatura de pactos setoriais entre o Governo e seis áreas de atividade. Em causa estão seis clusters que agregam 748 empresas e 1,04 milhões de trabalhadores e respondem por um volume de exportações de 39,6 mil milhões de euros.
A assinatura dos pactos setoriais para a competitividade e internacionalização está prevista para esta terça e quarta-feira, em Lisboa e Leiria, respetivamente, e têm subjacentes um conjunto de “novas iniciativas nos domínios da digitalização das indústrias (i4.0), da capacitação de recursos humanos, na consolidação dos fatores de atratividade externa do país, na internacionalização e na promoção da investigação e desenvolvimento”, explica o IAPMEI em comunicado. Os seis clusters agora escolhidos fazem parte de um conjunto mais vasto de 20 reconhecidos pelo IAPMEI, em 2017, no âmbito do Programa Interface, que disponibiliza apoios comunitários através dos vários programas operacionais.
“Se queremos continuar a crescer nas exportações temos de perceber que há desafios que têm que ver com qualificação dos recursos humanos, com a indústria 4.0, com o acesso a fontes de financiamento e que são diferentes de setor para setor”, explicou o ministro da Economia, em declarações ao Expresso (acesso pago), este fim de semana. Portugal abrandou o ritmo do crescimento económico em 2018 para 2,1% (e não 2,3% como o Executivo previa) por causa do menor dinamismo das exportações, que travaram mais do que as importações, face ao ano anterior. As exportações crescerem 3,7% no ano passado, contra 7,8% no ano anterior. A procura externa líquida tirou sete décimas ao PIB de 2018, enquanto no ano anterior tinha contribuído apenas com três décimas negativas, revelam os dados do INE divulgados em fevereiro.
Pedro Siza Vieira explicou que “em quase todos os setores” há um tema comum: a “qualificação dos recursos humanos, sobre como atrair recursos para estas indústrias e setores decisivos e como dar a formação adequada para responder à necessidade da nova economia”. Mas também “o desafio da digitalização, da robotização e isso implica um grande investimento na inovação”.
Os setores onde se inserem estes seis clusters apresentam um volume de negócios de 99,6 mil milhões de euros, um de volume de exportações de 39,6 mil milhões de euros e de Valor Acrescentado Bruto (VAB), no montante de 30,2 mil milhões de euros. Veja os detalhes de cada setor:
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