PSI-20 ganha 10% no trimestre. É o melhor arranque do ano desde 2015

Lisboa acompanha a Europa, onde a tendência dos primeiros três meses do ano foi de ganhos. A bolsa de Lisboa bateu as da Alemanha, Espanha e Reino Unido.

A bolsa de Lisboa fechou o primeiro trimestre com uma valorização de 10,04%. É o melhor arranque anual desde 2015, quando o PSI-20 disparou 24% e segue-se a dois anos em que os primeiros trimestres foram de quedas. Ainda assim, entre as principais praças europeias, o índice de referência nacional superou apenas Alemanha, Espanha e Reino Unido.

Na sessão desta sexta-feira, o PSI-20 avançou 0,56% para 5.206,61 pontos, com a Jerónimo Martins a impulsionar. A retalhista valorizou 1,19% para 13,15 euros e foi também a cotada portuguesa que mais subiu no trimestre: 27%. A Mota-Engil ficou num próximo segundo lugar, com um ganho de 26,71% no trimestre. Na sessão desta sexta-feira, a construtora ganhou 0,99%.

PSI-20 ganha mais de 10% no ano

A Galp Energia também ajudou o índice ao somar 1,06% para 14,28 euros, tendo fechado o trimestre a subir 3,5%. O BCP recuperou no fim da sessão e fechou com um ganho de 0,35%, após a revisão em alta do rating dos depósitos tanto de curto como de longo prazo pela agência de notação financeira DBRS.

Em sentido contrário, houve apenas três cotadas que fecharam a sessão no vermelho: a F. Ramada perdeu 1,29%, a Corticeira Amorim caiu 0,56% e a Sonae cedeu 0,43%. No trimestre, os CTT lideraram as perdas, com um tombo de 12,42%, tendo chegado mesmo a tocar mínimos históricos na semana passada. A Ibersol deslizou 2% nos primeiros três meses do ano.

Verde predomina em todos os setores europeus

Na Europa, o sentimento também foi positivo. O índice pan-europeu Stoxx 600 ganhou 0,47%, fechando o melhor arranque do ano também dos últimos quatro anos, com uma valorização de 12,2%. Todos os subsetores do índice registaram ganhos trimestrais.

“Os mercados europeus terminaram [o dia] em alta, embora tenham recuado dos máximos atingidos durante a sessão”, referiram os analistas do BPI, numa nota de fecho da sessão. “Os índices bolsistas iniciaram o dia favorecidos pela boa recetividade aos últimos desenvolvimentos relacionados com as relações comerciais sino-americanas. Contudo, as notícias sobre o Brexit esmoreceram os ânimos“.

O italiano FTSE MIB ganhou 0,78% na sessão e 15% no trimestre. O francês CAC 40 valorizou 1,02% no dia e 13,1% nos primeiros três meses, enquanto o alemão DAX subiu 0,74% na sessão e 9,2% no trimestre. Já o espanhol IBEX 35 avançou 0,55% e fechou o trimestre com um ganho de 8,2%.

No campo empresarial, destacou-se o disparo de 26,27% das ações da Altice, para 2,34 euros, com os investidores a apostarem que a empresa terá capacidade de gerar valor acrescentado durante este ano de 2019. A retalhista H&M também registou um ganho expressivo — de 9,6% para 155,00 euros por ação –, após ter reportado uma queda dos lucros antes de impostos menor que o esperado.

Investidores desvalorizam chumbo do Brexit

Ainda a nível internacional, a sessão ficou marcada pelo terceiro chumbo do acordo que definia os termos da saída do Reino Unido da União Europeia a 22 de maio. Face a mais um impasse no Brexit, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, já convocou uma cimeira de emergência a 10 de abril.

O índice acionista britânico ganhou 0,57%, apesar da decisão, e fechou o trimestre com um ganho de 7,5%. Depois de tombar abaixo dos 1,30 dólares, a libra desacelerou a desvalorização e segue, à hora de fecho das bolsas, a depreciar-se 0,22%. O euro segue na linha de água face à par norte-americana, nos 1,12 dólares.

A estabilização das yields soberanas deram algum otimismo aos investidores. O juro das Bunds alemãs a 10 anos continuam em terreno negativo, nos -0,072%. Em Portugal, o juro da dívida benchmark recuou 2,3 pontos base, para 1,249%.

(Notícia atualizada às 17h10)

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