Wall Street soma e segue. Dados da atividade industrial anulam receios de desaceleração económica

Se, por um lado, os investidores estão esperançosos quanto às negociações entre EUA e a China, por outro lado, estão animados com os números da atividade industrial norte-americana.

Os ventos sopram a favor das bolsas norte-americanas neste início de mês. Se, por um lado, os investidores estão esperançosos quanto às negociações comerciais entre os Estados Unidos da América (EUA) e a China, por outro lado, ficaram mais animados com a divulgação dos números que dão conta da atividade industrial norte-americana, o que parece atenuar algum receio relativamente ao abrandamento da economia.

De acordo com a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), os números de março sobre a atividade industrial dos EUA foram melhores do que o esperado, o que ajudou os investidores a “ignorar” o clima de desaceleração económica. “Os investidores estão a olhar além da desaceleração económica global. Num ambiente de juros baixos, as ações começam a parecer-lhes mais atrativas”, referiu Michael Geraghty, do Cornerstone Capital Group.

A contribuir para o bom desempenho no mercado das ações estão, ainda, os dados sobre a atividade industrial chinesa — também divulgados esta segunda-feira — que demonstram que a China cresceu inesperadamente, pela primeira vez em quatro meses.

O otimismo ditou, assim, o bom desempenho das bolsas norte-americanas no primeiro dia de abril. O S&P 500 encerrou a negociação a valorizar 1,15% para 2.867,01 pontos, enquanto o industrial Dow Jones subiu 1,25% para 26.251,80 pontos. Já o índice tecnológico foi o que mais valorizou: o Nasdaq somou 1,26% para 7.826,66 pontos.

No mundo das tecnológicas a Apple avançou 0,68% para 191,24 dólares e a Microsoft valorizou 0,92% para 119,02 dólares. A Lyft, por sua vez, contrariou a tendência de ganhos. A tecnológica de transporte de passageiros encerrou a negociação a desvalorizar 12,44% para 68,55 dólares, corrigindo, assim, os ganhos registados na sexta-feira, dia em que se estreou na bolsa de nova Iorque. Uma estreia que contou com um ganho de 8,74%.

Nota, ainda, para as negociações comerciais. Os investidores estão com esperança que as negociações ditem, de uma vez, o fim da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Recorde-se que tudo começou com a ascensão ao poder de Donald Trump nos EUA. Foi esse o momento que ditou o início das disputas comerciais, com os dois países a aumentarem sucessivamente as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um.

Donald Trump e Xi Jinping concordaram, entretanto, com uma trégua de 90 dias, que terminou no dia 2 de março, mas que foi prolongada indefinidamente, visando encontrar uma solução para as disputas comerciais.

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