“Tudo vou fazer para descer” a carga fiscal. Prioridade é o IRC

  • ECO
  • 8 Abril 2019

O líder do PSD diz que tudo fará para baixar a carga fiscal e mostra preferência pela redução do IRC, sabendo que esta não é a escolha mais popular.

O líder do PSD diz que a carga fiscal atingiu um “patamar brutal” e que se for primeiro-ministro tudo fará para a baixar. No ECO Talks, Rui Rio mostra preferência pela redução do IRC, mesmo sabendo que seria mais popular baixar o IRS.

“Não vou subir [a carga fiscal] e tudo vou fazer para a descer”, diz o líder social-democrata. Rio acredita que se o PS vencer as eleições de outubro “os portugueses podem ter a certeza que fica na mesma ou sobe”.

A carga fiscal atingiu no ano passado 35,4% do PIB, o valor mais alto de 23 anos. PSD e CDS têm criticado o Governo, argumentando que o défice mais baixo da democracia foi conseguido à custa de uma carga fiscal máxima. O ministro das Finanças, Mário Centeno, contra-argumenta com um indicador alternativo de carga fiscal, que mede os impostos futuros, e que mostra uma redução deste indicador entre 2015 e 2018.

O líder laranja avança também que se for Governo terá preferência por reduzir os impostos sobre as empresas, embora sabendo que seria mais eficaz do ponto de vista eleitoral propor uma redução dos impostos sobre os rendimentos das pessoas. “A política fiscal tem que olhar para aquilo que é fundamental para as empresas em nome do futuro. Em nome da minha popularidade estava-lhe a dar uma resposta de que era o IRS que tinha que baixar imediatamente.

Quando o Governo de António Costa tomou posse, em novembro de 2015, decidiu não levar por diante o acordo feito antes entre o PSD e o PS para baixar os impostos sobre as empresas, o que levaria a taxa de IRC até 18% em 2020. Além disso, o Executivo aplicou agravamentos na derrama estadual, para as empresas com lucros acima de 35 milhões de euros.

O Executivo de António Costa optou pela redução do IRS. No entanto, contas do Expresso avançadas na edição de sábado, indicam que falta devolver 45% do enorme aumento de impostos aplicado por Vítor Gaspar.

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