Paulo Rangel diz que Costa “anda a ver demasiadas séries”. Proposta do PSD é “responsável”
O candidato de Rio às europeias afirma que a proposta do PSD para os professores é "responsável" e garante que a direção do partido não vai andar atrás do calendário político que Costa fixou para si.
Rui Rio ainda não falou, mas Paulo Rangel já está em campo a defender o PSD dos ataques de António Costa. O candidato social-democrata às eleições europeias garantiu que o PSD tem uma proposta “responsável” para o reconhecimento integral do tempo de serviço dos professores e admite que o primeiro-ministro anda a ver “demasiadas séries” de televisão ao abrir uma crise política por causa da lei dos professores.
O líder do PSD está desde ontem em silêncio, tendo mesmo desmarcado a agenda deste sábado. Mas, entretanto, já se sabe que Rui Rio vai falar domingo, no Porto, sobre a ameaça de demissão do primeiro-ministro, mas ainda não há hora ou local confirmados. Contudo, no terreno estiveram este sábado dois sociais-democratas a fazer valer a posição do PSD.
Em declarações transmitidas pela PSD TV, Paulo Rangel não abriu o jogo sobre qual será a posição tomada pelo partido perante a ameaça de demissão do primeiro-ministro. “Temos de serenar”, disse o candidato do PSD às europeias de 26 de maio, acrescentando que a direção nacional do PSD tomará uma posição no “momento certo”. E avisando que “não no tempo dos que estão a fazer jogo político”, admitindo que António Costa ande a ver “demasiadas séries – não sei se o House of Cards ou o Borgen”, numa referência a duas séries políticas.
Rui Rio “não vai andar atrás do calendário político que o primeiro-ministro estabeleceu para si mesmo”, concluiu.
Rangel acrescentou ainda que “já tínhamos visto isto com Seguro” e “na formação do Governo” em 2015 e criticou Costa por não dramatizado quando foram os incêndios em 2017. “Os portugueses sabem bem que é confiável”, acredita.
Antes Rangel tinha argumentado que a proposta do PSD “é responsável” e tinha “uma condicionalidade”, ao fazer depender o pagamento do tempo completo aos professores de varáveis económicas. Esta condições não fazem parte do texto final da lei dos professores porque chumbaram durante a votação na especialidade.
Na RTP 3, a deputada do PSD Margarida Mano, que conduziu as votações deste diploma, também não quis abrir o jogo sobre a posição final do partido no momento da votação final global — até 15 de maio. “Até à votação final vai acontecer muita coisa”, disse, embora tenha admitido que o texto final que a comissão de Educação enviou aos deputados está “de uma maneira geral correta”.
“Esta é talvez a maior campanha de desinformação”, disse, numa crítica ao primeiro-ministro.
(Notícia atualizada)
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