Santander critica Lei de Bases da Habitação. “Se avançar assim, vai acabar com o mercado” de compra de casa, diz Castro e Almeida
Castro e Almeida é bastante crítico em relação à Lei de Bases da Habitação que está a ser discutida no Parlamento. "Se avançar assim, vai acabar com mercado de crédito à habitação em Portugal".
Pedro Castro e Almeida, presidente do Santander Totta, juntou-se ao coro de críticas contra a nova Lei de Bases da Habitação que está em discussão entre os partidos, considerando que a iniciativa legislativa poderá “acabar com o mercado de crédito à habitação em Portugal”.
“O que acho que vai acontecer é que os spreads vão ficar muitíssimo mais altos e haverá menos crédito. Ou então há aqui uma intenção de acabar com a propriedade privada. Se avançar, acho que se acaba com o mercado de crédito à habitação em Portugal”, referiu Castro e Almeida esta terça-feira, depois de o banco ter anunciado lucros de 137 milhões de euros nos três primeiros meses do ano.
Em cima da mesa na nova Lei de Bases da Habitação está a possibilidade de haver uma fixação de limites às taxas de juro no âmbito dos contratos de crédito à habitação. Além disso, PCP e Bloco de Esquerda propõem que a entrega da casa extinga o empréstimo para habitação própria.
O que eu acho que vai acontecer é que os spreads muitíssimo mais altos, menos crédito. Ou então há aqui uma intenção de acabar com a propriedade privada. Se avançar, acho que se acaba com o mercado de crédito à habitação em Portugal.
Também o Banco de Portugal e a Associação Portuguesa de Bancos já manifestaram receios quanto à iniciativa legislativa para o setor da habitação em Portugal. “Num contexto de recessão económica [em que mais previsivelmente aconteceriam as dações em cumprimento], acompanhado de uma redução significativa do preço dos imóveis, tal poderá acarretar perdas muito significativas para o setor bancário, com implicações para a estabilidade financeira e com possível acentuação da fase recessiva do ciclo”, alertou o supervisor bancário.
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