5 coisas que vão marcar o dia
O Banco de Portugal revela quão endividada está a economia nacional, mas também a aposta das famílias na dívida. E o IGCP vai ao mercado realizar uma operação de troca de obrigações.
O Banco de Portugal vai revelar quão endividada está a economia portuguesa, isto ao mesmo tempo que dá a conhecer o valor investido pelas famílias em dívida pública, através dos certificados de aforro. Portugal volta aos mercados, desta vez para fazer uma operação de troca de obrigações, para tentar reembolsar a dívida mais tarde. Ainda nos mercados, mas desta vez o de ações, destaque para a assembleia geral do BCP. Lá fora, e num momento de tensão entre Estados Unidos e a China, será importante perceber o que disseram os membros da Fed na última reunião em que mantiveram a taxa diretora inalterada.
Como evoluiu o endividamento da economia?
O Banco de Portugal dá a conhecer, esta quarta-feira, a evolução do endividamento da economia — endividamento das empresas do setor público, privado e dos particulares, excluindo o setor financeiro. Depois de o endividamento da economia portuguesa ter aumentado 2.000 milhões de euros em fevereiro, atingindo os 723 mil milhões de euros, devido ao agravamento do endividamento das administrações públicas e das PME, vai ficar a saber-se como evoluiu em março.
Famílias continuam a apostar nos certificados de aforro?
Serão também conhecidos, por divulgação do Banco de Portugal, os dados relativos ao investimento nos certificados em abril. Em março, o investimento das famílias nos produtos de poupança do Estado cresceu para um total de 28.605 milhões de euros. As aplicações em certificados de aforro e do Tesouro aumentaram em 105 milhões de euros.
Portugal avança com troca de obrigações
Portugal avança esta quarta-feira com uma operação de troca de dívida, procurando ganhar mais cinco anos para reembolsar os títulos, mas também conseguir um custo de financiamento mais baixo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) vai estar no mercado para tentar comprar aos investidores obrigações do Tesouro que vencem em 2021, procurando vender-lhes títulos com maturidade em 2026 e com um cupão mais reduzido. O IGCP vai estar a comprar obrigações do Tesouro com cupão de 3,85% e que vencem no dia 15 de abril de 2021. Em troca, vende obrigações do Tesouro a sete anos que apresentam um cupão de 2,875%.
Acionistas do BCP em assembleia geral
Está marcada para esta tarde a assembleia geral do BCP, no Taguspark, onde os acionistas vão aprovar as contas do ano passado, mas também a distribuição de dividendos. Ao mesmo tempo, deverá ser validada a intenção do banco de devolver na totalidade os cortes salariais aos trabalhadores com remunerações até 1.500 euros já este ano. Para as remunerações que variam entre 1.500 euros e 2.500 euros, a restituição das verbas retidas entre 2014 e 2017 situar-se-á entre os 33% e os 50%. O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários vai participar na assembleia-geral em representação de mais de 100 acionistas com 0,008% do capital do banco, mas marcará também presença na manifestação de trabalhadores que acontecerá à porta.
Fed divulga minutas da última reunião
Num momento de tensão entre os EUA a China, em plena guerra comercial, os investidores estarão atentos às minutas da reunião de abril/maio da Reserva Federal norte-americana. Nesta reunião, a Fed manteve a taxa de juro inalterada e reiterou a sua atitude “paciente”, aguardando por um crescimento “sólido” da economia dos Estados Unidos, com uma inflação “em declínio”. As atas da reunião vão fornecer um contexto adicional para a decisão da Fed, e também para as declarações do presidente da reserva federal, Jerome Powell, que mencionou alguns fatores “transitórios” que poderiam estar a afetar a inflação.
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