Audições na comissão da Caixa terminam a 18 de junho com Teixeira dos Santos
Já está fechado o calendário das audições da comissão de inquérito à recapitalização e atos de gestão da Caixa. Teixeira dos Santos é o último a ir ao Parlamento, no dia 18 de junho.
Faria de Oliveira de manhã e Teixeira dos Santos à tarde. As audições da II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e aos atos de gestão terminam no dia 18 de junho com o regresso do antigo presidente do banco público ao Parlamento e também com o antigo ministro das Finanças do Governo de José Sócrates.
Terá sido Teixeira dos Santos a escolher Armando Vara para a administração da Caixa Geral de Depósitos, segundo o seu antigo secretário de Estado Tesouro e Finanças (2005-2011). Carlos Costa Pina prestou depoimento na quarta-feira, durante quatro horas, nas instalações do Tribunal Central de Instrução Criminal, no âmbito da Operação Marquês, onde terá garantido que nunca viu nada de estranho nas decisões tomadas pelo antigo ministro das Finanças, avança esta quinta-feira o Diário de Notícias (acesso condicionado). Teixeira dos Santos é ouvido esta quinta-feira no âmbito da mesma operação judicial.
Ora, Armando Vara, que foi administrador da CGD e transitou para o BCP juntamente com Santos Ferreira em 2008, será ouvido no Parlamento a 14 de junho. A comissão de inquérito trouxe informação nova relativamente ao projeto de Vale do Lobo. Alexandre Santos, antigo diretor de empresas sul, revelou foi Armando Vara quem lhe enviou um e-mail com um dossiê preparado sobre aquele empreendimento turístico.
Os deputados da comissão de inquérito fecharam o calendário das últimas audições que visam apurar responsabilidades políticas face ao que aconteceu na CGD entre 2000 e 2015.
No dia 11 de junho deslocam-se ao Parlamento António Vieira Monteiro (atual chairman do Santander Totta) e ainda Filipe Pinhal (que foi administrador do BCP). Vieira Monteiro terá sido chamado por causa do seu envolvimento na contratação das chamadas Caravela Boats em 1999, que provocaram um rombo de 450 milhões de euros. Já Filipe Pinhal deverá ser interpelado por causa da guerra acionista no BCP e onde o banco público também teve participação ao financiar Joe Berardo e Manuel Fino na compra de ações.
A 17 de junho, os deputados vão inquirir José Cabral dos Santos, também antigo administrador do banco público.
A fechar, no dia 18 de junho, Faria de Oliveira regressa à comissão pelas 9h30, isto depois de já lá ter ido no início deste mês. Entretanto, os deputados já questionaram alguns dos grandes devedores, que colocaram em causa a gestão do atual presidente da Associação Portuguesa dos Bancos (APB) à frente da CGD entre 2008 e 2010. Faria de Oliveira já enviou, de resto, uma carta à comissão a explicar as decisões tomadas relativamente ao caso Berardo, que foi um dos devedores que criticou a gestão do banco. No mesmo dia à tarde é a vez de Teixeira dos Santos, antigo ministro do Governo de José Sócrates.
Além das audições parlamentares, há uma mão cheia de personalidades que vão responder por escrito aos deputados: Almerindo Marques, João Salgueiro, José Sócrates, a Comissão de ética do Banco de Portugal e Maldonado Gonelha (ainda a verificar).
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