Nos quer estar “à frente do pelotão” na corrida ao 5G
A operadora liderada por Miguel Almeida estará "garantidamente à frente do pelotão" na corrida ao 5G, a quinta geração de rede móvel. Mas não se conhecem datas para o leilão das frequências.
O administrador da Nos NOS 0,00% com o pelouro da tecnologia e informação (CTIO), Jorge Graça, disse à Lusa que a operadora de telecomunicações tem “ambição” e estará “garantidamente à frente do pelotão” do 5G em Portugal.
“Estamos no caminho de nos capacitarmos tecnologicamente para entregar aquilo que o 5G [quinta geração móvel] exige, é uma tecnologia móvel, mas exige uma transformação muito grande”, afirmou o CTIO (chief technology and information officer). “Existe um caminho gigantesco no qual temos vindo a trabalhar nos últimos dois anos”, que passa por “transformar toda a nossa rede de forma a conseguir efetivamente entregar o 5G com a performance que se pretende”, acrescentou Jorge Graça.
Por isso, “estamos muito confiantes, temos como ambição ser líderes do 5G”, quer em “‘performance'”, quer em “disponibilização do serviço”, sublinhou o administrador da Nos, no dia em que a operadora de telecomunicações marca presença no congresso 5G World, em Londres. “Estaremos garantidamente à frente do pelotão do 5G”, sublinhou o gestor.
Sobre a presença da Nos na conferência 5G World, em Londres, Jorge Graça destacou que este ano o evento tem “um particular interesse” e destaca-se dos demais porque vai apresentar casos “concretos” do impacto da tecnologia para os consumidores. Neste evento “já vemos o 5G entregar de forma concreta aquilo que a tecnologia, no seu sentido mais lato, vinha a prometer”, salientou, manifestando “orgulho” por a Nos participar e partilhar alguns dos projetos que está a trabalhar.
A Nos assume o compromisso de “estar no pelotão da frente” do 5G, embora se desconheça até ao momento o processo de como serão atribuídas as licenças de 5G em Portugal. Da parte da Nos, referiu Jorge Graça, está tudo em andamento para o advento da tecnologia, que vai permitir uma maior velocidade da transmissão de dados e conectividade, o que irá impulsionar, por exemplo, os veículos autónomos.
Com o 5G, os operadores vão deixar de ser “meros prestadores de conectividade” e passar a ser parceiros de transformação das empresas. “Queremos claramente trabalhar de forma mais próxima com as empresas portuguesas nessa lógica de transformação”, afirmou Jorge Graça, referindo que o 5G é um desafio tecnológico, mas também um “desafio gigante” na forma como as operadoras se posicionam junto das empresas.
As potencialidades do 5G trazem grandes desafios à indústria pela forma como vão revolucionar o mercado. “Há uma expectativa por parte da indústria de que irá existir um standard fechado no final do ano”, disse. Este standard tem de ser definido entre os fabricantes de chips, os fornecedores de equipamentos de telecomunicações e os operadores.
Questionado sobre se tinha alguma preocupação, no sentido lato, no que respeita à questão do 5G, Jorge Graça afirmou: “A nossa preocupação prende-se com tudo aquilo que faz disrupção naquilo que se quer num ecossistema colaborativo, que tem sido aquilo que tem pautado a indústria mundial das telecomunicações”. Ou seja, tudo o que interfira com aquilo que era “uma coexistência saudável da economia livre” poderá ter impacto com o setor.
Por exemplo, o processo que envolve a chinesa Huawei, que foi banida pelos Estados Unidos por alegada espionagem, terá reflexos na indústria, nomeadamente com o 5G.
A 8 de março, na conferência de imprensa de apresentação de resultados da Nos, o presidente da operadora, Miguel Almeida, tinha afirmado que uma eventual decisão da Europa no sentido de não permitir o desenvolvimento do 5G com base nas redes Huawei levaria a um “atraso de pelo menos dois anos” nesta matéria.
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