Desemprego nos EUA cai para mínimo de nove anos

Economia norte-americana criou menos emprego que o esperado, mas o desempenho foi suficiente para baixar a taxa de desemprego para mínimos de nove anos.

A maior economia do mundo continua a enviar sinais divergentes em relação à sua condição, numa altura em que Reserva Federal norte-americana (Fed) prevê uma subida dos juros já este mês. A criação de emprego acelerou em novembro, mas ficou aquém do esperado. E, se o mês passado marcou um novo mínimo de nove anos na taxa de desemprego, os salários registaram a primeira queda em dois anos.

De acordo com o Departamento do Trabalho norte-americano, foram criados 178 mil novos postos de trabalho no último mês, face aos 142 mil empregos constituídos em setembro. Apesar da aceleração, o número apresentado em novembro desapontou os economistas sondados pela Bloomberg, que projetavam mais 180 mil trabalhos. Tudo somado, a taxa de desemprego caiu 0,3 pontos para 4,6%.

“Temos de olhar para a tendência implícita e essa é bastante positiva”, referiu Scott Brown, economista chefe da Raymond James Financial, à Bloomberg. “Estamos numa altura do ano em que há muitas questões sazonais a influenciar os dados. Os investidores olham além da sazonalidade e procuram antecipar o que vai acontecer em 2017”, acrescentou.

"Temos de olhar para a tendência implícita e essa é bastante positiva. Estamos numa altura do ano em que há muitas questões sazonais a influenciar os dados. Os investidores olham além da sazonalidade e procuram antecipar o que vai acontecer em 2017.”

Scott Brown, economista chefe

Raymond James Financial

Apesar da melhoria no mercado laboral, os dados relativos aos salários — um importante impulsionador da taxa de inflação — foram também desapontantes. A remuneração média horária caiu 0,1% face ao mês anterior para 25,89 dólares, naquela que foi a primeira quebra desde dezembro de 2014.

Ou seja, com a Fed a ver uma subida da taxa de juro diretora em breve para manter o crescimento dos preços sob controlo, a economia norte-americana deixa uma indicação de alguma fraqueza para o mercado.

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