“Há grande interesse” no malparado do Novo Banco. Chairman quer cortar rácio de crédito em incumprimento para 10%
Chairman Byron Haynes explica que o banco quer continuar a acelerar limpeza dos créditos em incumprimento, em entrevista à Reuters. Quer cortar o rácio dos atuais 21,8% para a média em Portugal.
O Novo Banco quer acelerar a redução do crédito malparado através de vendas e diz que há muito interesse nas duas carteiras que o banco tem atualmente no mercado. Em entrevista à Reuters, o chairman Byron Haynes explica que a meta é chegar a um rácio de 10% entre este ano e o próximo. Ou seja, reduzi-lo para menos de metade.
“Reduzir o risco da atividade tem de continuar porque o rácio de NPL [non-performing loans] em março de 2019 era de 21,8%, o que está desajustado em todos os sentidos. Está desajustado face aos concorrentes e pares em Portugal, por um lado. E as instituições financeiras portuguesas já estão desajustadas face à grande maioria dos Estados-membros da UE”, diz Haynes à Reuters.
O banco, controlado pela norte-americana Lone Star após o colapso do Banco Espírito Santo em 2014, diminuiu o malparado em 3.700 milhões de euros desde o final de 2017. Em março, tinha ainda 6.500 milhões de euros, ou seja, 21,8% do total de ativos. O chairman afirmou querer que o nível atinja a média dos restantes bancos portugueses, de 10%, “o mais rápido possível”.
“Depende das condições do mercado”, disse Haynes. A redução do malparado tem sido conseguida principalmente pela venda de carteiras em mercado. Em 2018, o banco, que é o terceiro maior em Portugal, alienou um total de 2.150 milhões de euros. Atualmente tem duas carteiras à venda.
A Projecto Nata 2 tem um valor contabilístico bruto superior a 3.000 milhões de euros e a Projecto Sertorius’ tem um valor entre 400 e 500 milhões de euros. “Estamos no mercado com essas duas transações. O nível de interesse tem sido muito alto. O progresso é bom e esperamos que essas transações se concretizem num futuro próximo“, acrescentou o chairman.
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