Banca deu 27 milhões por dia para a compra de casa no primeiro semestre
Os bancos concederam 849 milhões de euros em empréstimos para a casa, em junho. Crédito total é de 4.931 milhões na primeira metade do ano, o valor mais elevado desde 2010.
A concessão de crédito para a compra de casa renovou máximos de 2010 na primeira metade do ano. Até junho foram concedidos 4.931 milhões de euros em empréstimos à habitação. Ou seja, 27 milhões de euros por cada dia que passou.
De acordo com dados divulgados pelo Banco de Portugal, nesta terça-feira os bancos concederam 849 milhões de euros em empréstimos para a aquisição de casa, em junho. Este montante representa uma quebra de 78 milhões de euros (-8,4%) face aos 927 milhões que tinham sido concedidos em maio, e que representaram um máximo desde a entrada em vigor do travão ao crédito do Banco de Portugal. Corresponde ainda uma redução de 141 milhões (-14%) em comparação com os 990 milhões disponibilizados em junho do ano passado.
Contudo permite elevar para um máximo de nove anos o total do crédito para a compra de casa concedido nos primeiros seis meses do ano. Os 4.931 milhões de euros disponibilizados pelos bancos até junho, correspondem a um aumento de 3,29% face aos 4.774 milhões em crédito à habitação concedidos no período homólogo. Será necessário recuar ainda até à primeira metade do ano de 2010 para assistir a um valor superior: 5.166 milhões.
Empréstimos para a casa em máximos de 2010
Fonte: Banco de Portugal
Esta evolução acontece num contexto em que está em vigor uma medida macroprudencial por parte do banco de Portugal que pretende que os bancos tenham em conta três tipos de limites na concessão de crédito às famílias com vista e evitar situações de sobreendividamento e de contágio à economia.
O primeiro balanço da implementação da medida que entrou em vigor a 1 de julho do ano passado foi considerado positivo pela entidade liderada por Carlos Costa. Nesse balanço feito no final de maio, o Banco de Portugal dizia que os bancos estavam a acatar a medida com se aplica sobretudo para o crédito à habitação, mas também para consumo, com “algum gradualismo”.
Relativamente aos empréstimos para consumo, os dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco de Portugal apontam para quebras dos níveis de concessão.
Indicam que em junho, foram disponibilizados 390 milhões de euros. Ou seja, menos 45 milhões face a junho e 29 milhões aquém do registado no período homólogo. No acumulado do ano, os empréstimos concedidos com essa disponibilidade ascenderam a 2.279 milhões, menos 62 milhões face ao período homólogo, sendo assim o mais baixo dos últimos dois anos.
Já o crédito às famílias com outros fins, o total concedido foi de 178 milhões de euros, em junho. Ou seja, menos 22 milhões face a maio, mas mais dez milhões em comparação com o período homólogo. Nos primeiros seis meses do ano, esses empréstimos totalizaram 981 milhões de euros, acima dos 906 milhões do mesmo período de 2018, e o valor mais elevado dos últimos dois anos.
Considerando as três finalidades, o total dos empréstimos disponibilizados às famílias na primeira metade do ano é de 8.191 milhões de euros, um novo recorde desde 2010.
(Notícia atualizada pela última vez às 12h08)
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