Cofina acelera 15% com OPA sobre a TVI à vista. Liquidez é cinco vezes superior à média
Cofina e Prisa confirmaram na semana passada que estão em negociações com vista à venda da Media Capital, dona da TVI, ao grupo que detém o Correio da Manhã. Ações da Cofina somam 15%.
Na primeira sessão a negociar após a suspensão determinada pela CMVM, as ações da Cofina estão somar 15% esta segunda-feira, isto após ter confirmado que está em negociações exclusivas com os espanhóis da Prisa para a compra da Media Capital, dona da TVI. Isto num dia em que o PSI-20 se apresenta em alta, à boleia da recuperação do BCP.
As ações do grupo que detém o Correio da Manhã, a revista Sábado e o Jornal de Negócios avançam 14,61% para 0,51 euros esta segunda-feira, num dia de forte liquidez em torno dos títulos da Cofina: mais de 255 mil papéis tinham sido negociados até ao final da manhã, cinco vezes mais do que a média diária dos últimos 12 meses
Já as ações da Media Capital, que poderão ser alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte da Cofina caso as conversações cheguem a um bom porto, não apresentaram qualquer variação para já, estando a cotar nos 1,89 euros. Por seu turno, a Impresa, que detém a SIC, desvaloriza mais de 3% para 0,233 euros.
Cofina dispara em bolsa
A Cofina esclareceu na passada sexta-feira que vai negociar com os espanhóis durante 30 dias, com vista a chegar a um acordo sobre “os termos e condições de uma potencial aquisição, pela Cofina, da participação da Prisa na Grupo Media Capital”. Não adiantou mais detalhes sobre o negócio, nomeadamente o preço de uma eventual OPA. Ainda assim, este esclarecimento levou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a levantar a suspensão da negociação das ações que tinha imposto dois dias antes, na quarta-feira.
No PSI-20 , o principal índice português, o dia também começou com ganhos. A bolsa soma 0,53% para 4.829,70 pontos, aproveitando a recuperação da cotação das ações do BCP. Os títulos do banco ganham 1,26% para 0,2094 euros, após ter registado várias sessões de alguma turbulência que tem afetado, de resto, a generalidade do setor bancário europeu, como os sinais de abrandamento económico e a política monetária do Banco Central Europeu (BCE).
BCP recupera terreno
São 14 as cotadas que se apresentam com sinal mais no arranque da sessão em Lisboa, com destaque para outra grande empresa nacional, a Galp, que vê os títulos valorizarem 1,32%.
O melhor desempenho pertence à Mota-Engil, que está a somar 2,1% para 1,86 euros. A Navigator também surge em bom plano, com uma subida de 1,71% para 2,98 euros.
Lisboa acompanha os ganhos europeus. O Stoxx 600, índice de referência para a Europa, está em alta de 0,99%. Com ganhos superiores a 1% seguem as praças de Frankfurt, Madrid e Milão. Em Paris, o CAC-40 ganha 0,68%.
“Na fase atual, os mercados europeus estão a ser influenciados por múltiplas variáveis, de natureza interna e externa. Ao nível interno, destacam-se a desaceleração da economia, as perspetivas de mais estímulos por parte do BCE, a situação política em Itália e o Brexit”, referem os analistas do BPI.
“Ao nível externo, as principais variáveis são o comportamento da yield curve americana, os diferendos entre os EUA e a China, o comportamento do yuan, a situação em Hong Kong e na Argentina”, acrescentam os especialistas no Diário de Bolsa.
(Notícia atualizada às 11h53 com novas cotações para a Cofina e Impresa)
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