Rui Rio: se forem definidos serviços mínimos “alguma coisa está muito mal”
Rui Rio vaticina que as oito horas de trabalho por dia não vão "chegar para as encomendas" se a greve dos motoristas de matérias perigosas às horas extra avançar, em setembro.
O líder do PSD, Rui Rio, questionou esta quinta-feira a necessidade de decretar serviços mínimos para a greve dos motoristas de matérias perigosas marcada para setembro, que incide somente sobre o trabalho extraordinário. Para Rio, se o Governo decidir marcar serviços mínimos, “algo não está bem” no trabalho dos profissionais.
“Alguma coisa está muito mal quando os profissionais dizem que vão trabalhar oito horas por dia e mesmo assim é preciso marcar serviços mínimos. Se os profissionais trabalham oito horas por dia, que é o tempo normal de toda a gente, não vão para os serviços mínimos. Estão no máximo, estão a fazer tudo”, reiterou Rui Rio, em declarações citadas pelo Público (acesso condicionado).
“Se tiverem de ser marcados serviços mínimos, porque oito horas de trabalho de cem por cento dos trabalhadores não chega isto não está bem”, completa. Rio prevê que o cumprimento do horário normal não vai “chegar para as encomendas” e que vai “ficar evidente que, em nome da segurança deles [motoristas] e nossa, e independentemente da componente salarial, as condições de trabalho têm de mudar”.
O líder do PSD disse que trabalhar muito mais do que as oito horas por dia “não é aceitável para nenhum profissional”. “É ainda menos aceitável para quem anda na estrada a conduzir. É menos aceitável para quem conduz carros pesados. E é ainda menos aceitável para quem conduz carros pesados carregados de gasolina”, defendeu.
Os motoristas de matérias perigosas e a Antram vão reunir na Direção-geral do Emprego e das Relações de Trabalho nesta segunda-feira para discutir os serviços mínimos a cumprir na greve ao trabalho extraordinário. No pré-aviso de greve os motoristas não propuseram nenhuns serviços mínimos.
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