Investimento imobiliário comercial ultrapassou 1,1 mil milhões de euros até setembro
Análise da consultora Worx estima que 70% do investimento nacional feito nos nove primeiros meses do ano foram operações acima de 50 milhões de euros. Antecipa ainda recordes para o setor este ano.
O investimento imobiliário comercial ultrapassou a fasquia dos 1,1 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, segundo a análise da consultora Worx, que estima que o segmento bata recordes este ano.
De acordo com a consultora, haverá uma estabilização dos níveis de liquidez neste segmento, que irá manter-se direcionada para ativos prime, sendo de realçar o facto de que 70% do investimento nacional foi composto por operações superiores a 50 milhões de euros.
Para o mercado de escritórios, no total de nove meses, o volume de absorção foi de 136.008 metros quadrados, o que representa um aumento de 6% comparativamente ao período homólogo de 2018.
“O mercado manter-se-á em alta, impulsionado pela entrada crescente de empresas internacionais no mercado português, pela necessidade de expansão e mudança de instalações de empresas que veem crescer a sua atividade ou procuram realizar um ‘upgrade’[melhoria] às suas atuais condições de trabalho”, refere numa nota da Worx.
A escassez de oferta continuará a ser uma realidade até ao final do ano, o que constitui um maior obstáculo à manutenção do dinamismo do mercado de escritórios e coloca a tónica nas operações de pré-arrendamento no que diz respeito à ocupação de áreas de grande dimensão, acrescenta o departamento de research da consultora.
Segundo a Worx, os valores de renda prime irão continuar a verificar margem para progressão.
Ao nível do setor de retalho, da amostra levantada pela consultora, na cidade de Lisboa abriram cerca de 160 novos espaços comerciais, na sua maioria dedicados à restauração.
No segmento industrial e logística existem “sinais de viragem”, ainda que muito brandos, refere.
“O expectável aumento do comércio eletrónico e a necessidade de agilização de tempos de entrega fará aumentar a procura por espaços logísticos próximos dos centros urbanos”, refere a consultora.
Para o setor do turismo, a consultora refere que Portugal irá continuar a afirmar-se no mercado turístico de luxo, através de uma maior diferenciação de produtos, aposta em novos conceitos e nichos de mercado especializados que possam atrair mercados com maior poder de compra.
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