Livre só está disponível para acordo com PS se toda a esquerda entrar
O Livre só está disponível para um acordo com o PS se ele envolver os outros partidos à esquerda. Costa diz que caso contrário "há campo de trabalho" e não espera rejeição do programa de Governo.
O Livre só está disponível para um acordo com o PS se ele envolver os outros partidos à esquerda. “Neste exato momento não temos interesse numa convergência bilateral”, disse Joacine Moreira, a deputada eleita pelo Livre. António Costa diz que caso contrário, ainda assim, “há campo de trabalho” e não espera que o Livre rejeite o programa de Governo.
As declarações da deputada do Livre e do primeiro-ministro foram feitas à saída de um encontro entre as delegações do Livre e do PS, depois de no domingo os socialistas terem vencido as eleições legislativas, mas sem maioria absoluta.
O líder do PS tenta agora uma geringonça alargada com os cinco partidos à esquerda do PS, tendo marcado para esta quarta-feira um conjunto e reuniões com estes partidos, depois de na terça-feira ter sido indigitado primeiro-ministro pelo Presidente da República.
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“O Livre tem todo o interesse em contactar e falar com todos os partidos políticos com uma ótica democrática. Neste exato momento não temos interesse numa convergência bilateral com nenhum mas consideramos absolutamente necessário que haja uma continuação de uma convergência e defendemos e estamos disponíveis para participar numa união à esquerda que seja multipartidária“, afirmou Joacine Moreira.
António Costa, que estava ao lado de Joacine Moreira, foi fazendo a sua leitura deste que foi o primeiro encontro do PS com os partidos à sua esquerda e que serve para medir a possibilidade de um acordo que confira estabilidade política à próxima legislatura.
“O Livre entende que não está disponível para acordos bilaterais”, disse António Costa, acrescentando que está disponível para acordos “multilaterais”. O primeiro-ministro indigitado acrescentou que nesse cenário – de não haver acordo – “iremos trabalhar relativamente a cada uma das iniciativas”, como sejam os Orçamentos do Estado. E lembrou quais as causas sinalizadas pelo Livre que estão em cima da mesa: a lei da nacionalidade, a preparação da próxima presidência da União Europeia e a necessidade de avançarmos relativamente ao green new deal. “São áreas onde a convergência entre o PS e o Livre é possível”.
“Não havendo acordo multilateral, há campo de trabalho”, disse António Costa.
O Livre sinalizou que não apresentará uma moção de rejeição ao programa de Governo, garantindo assim condições políticas para uma legislatura completa. “No ato eleitoral os portugueses não elegeram o executivo de 2019 a 2021”, afirmou Joacine Moreira.
(Notícia atualizada às 12:14)
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