Wall Street ganha mais de 1% à espera de acordo comercial

Os investidores estão cada vez mais otimistas quanto a um acordo entre China e EUA que trave a escalada na guerra comercial. Petróleo também ganha 1% e ajuda as petrolíferas.

Os três principais índices norte-americanos estão em forte alta, acompanhando a tendência vivida deste lado do Atlântico. Os mercados estão a ganhar com um otimismo mais generalizado em torno das negociações comerciais dos EUA e da China, no dia em que o presidente Donald Trump reúne na Casa Branca com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He.

Enquanto o S&P 500 sobe 1,10%, o industrial Dow Jones soma 1,10%. O tecnológico Nasdaq ganha ainda mais, subindo 1,28%. Os investidores estão a apostar que os dois países vão chegar a um acordo, pelo menos parcial, o que significará um alívio das tensões comerciais que têm condicionado as negociações nos últimos 18 meses e que ameaçam atirar a economia global para uma recessão.

Uma nova leva de tarifas contra a China está programada para entrar em vigor já na próxima terça-feira, 15 de outubro, mas os mercados também antecipam um possível adiamento por parte da Administração Trump, que está longe de ser garantido. Contudo, os últimos dias têm sido de notícias a apontar para boa vontade de ambas as partes, com a China disposta a fechar um acordo parcial (Trump prefere um acordo completo) e Trump a assinar, finalmente, as autorizações especiais que permitirão a algumas tecnológicas continuarem a fornecer a Huawei.

O presidente norte-americano está a ajudar a esse otimismo através das redes sociais. No Twitter veio falar nas “coisas boas” que estão a acontecer nas negociações com a China.

A Apple está a beneficiar deste otimismo dos investidores. Os títulos da fabricante do iPhone ganham 1,26%, para 232,89 dólares. A Cisco também recupera 1,28%, para 46,74 dólares, depois da queda da sessão anterior após o corte de recomendação de “comprar” para “neutral” por parte do Goldman Sachs.

Apple sobe em bolsa com alívio das tensões comerciais

No setor industrial, destaque para a valorização de 0,54% dos títulos da Boeing, que estão a cotar novamente em 373 dólares, enquanto a Caterpillar — uma das mais sensíveis à relação comercial sino-americana — dispara 3,67%, para 127,19 dólares. O otimismo dos investidores está igualmente a ter reflexo no VIX. O chamado “índice do medo”, que mede a volatilidade dos mercados, recuou 1,39 pontos, para 16,18, o nível mais baixo desde 1 de outubro.

Uma nota final para o setor petrolífero, que volta a beneficiar esta sexta-feira de uma nova escalada nos preços do petróleo. O contrato de WTI está a ganhar 0,99%, para 54,08 dólares em Nova Iorque, na sequência de um alegado ataque com um míssil a um petroleiro iraniano ao largo do Mar Vermelho, perto da costa da Arábia Saudita. Perante esta notícia, os títulos da perfuradora Exxon Mobil sobem 1,10%, para 69 dólares a ação.

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