Obrigacionistas do BCP votam fusão com Banco de Investimento Imobiliário
Os obrigacionistas são chamados a pronunciarem-se "relativamente aos possíveis prejuízos" que os possam onerar "decorrentes da fusão por incorporação" do BII com o BCP.
Os detentores de obrigações do Banco Comercial Português (BCP) irão reunir-se em Assembleia-Geral (AG) para deliberar sobre “possíveis prejuízos” da fusão entre a instituição e o Banco de Investimento Imobiliário.
De acordo com o ponto único da ordem de trabalhos da convocatória desta AG, divulgada no dia 17 de setembro através da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o objetivo da assembleia é que os obrigacionistas se pronunciem “relativamente aos possíveis prejuízos” que os possam onerar “decorrentes da fusão por incorporação, mediante transferência global do património, do Banco de Investimento Imobiliário S.A. no Banco Comercial Português, S.A.”
O projeto de fusão entre as duas sociedades do mesmo grupo, que acompanha a convocatória, também publicado no site da CMVM, refere que a iniciativa é justificada, “no fundamental, por razões de natureza estratégica, relacionadas com o processo de simplificação organizativa que vem decorrendo nos últimos anos”.
O procedimento enquadra-se “no processo de reestruturação e de reorganização das sociedades que integram o Grupo Banco Comercial Português”, das quais o Banco de Investimento Imobiliário faz parte, referindo que a fusão também acontece “com o propósito de eliminar estruturas redundantes”.
Apesar disso, a operação não implicará “redundância ou supressão de postos de trabalho”, de acordo com o projeto de fusão.
Segundo o documento, disponível no site da CMVM, atualmente os trabalhadores desempenham “funções que não serão afetadas pela fusão”, salientando ainda que “a única alteração que decorrerá da fusão projetada resumir-se-á ao facto de os trabalhadores com sociedade de contrato BII [Banco de Investimento Imobiliário] passarem a ter um vínculo laboral ao BCP”.
O BCP adianta ainda que a fusão irá manter as funções dos trabalhadores intactas, uma vez que “a atividade da sociedade incorporada [BII], com exceção da atividade desenvolvida pelos membros dos órgãos sociais, é já nesta data assegurada por prestação de serviços da sociedade incorporante [BCP]”.
A fusão foi aprovada a 12 de setembro pelos respetivos Conselhos de Administração, segundo informação comunicada à CMVM.
“O Banco Comercial Português informa que o seu Conselho de Administração e o Conselho de Administração do Banco de Investimento Imobiliário aprovaram hoje [12 de setembro] o projeto de fusão do Banco de Investimento Imobiliário, uma subsidiária detida a 100% pelo Banco Comercial Português, por incorporação neste último”, referia o comunicado.
O BCP tinha anunciado, em 19 de junho último, que estava a estudar a operação, a realizar até ao final do ano.
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