BE critica escolha de Alexandra Leitão. Receia “incapacidade de negociar” com Função Pública

Catarina Martins questiona a opção de António Costa em manter um Governo de continuidade e critica escolha de Alexandra Leitão para ficar com a tutela da Administração Pública.

A líder do Bloco de Esquerda criticou o facto de António Costa ter escolhido Alexandra Leitão para ministra com o pelouro da Função Pública. A secretária de Estado Adjunta e da Educação foi agora promovida a ministra da Modernização Administrativa responsável pela Administração Pública e das autarquias, no novo Executivo que poderá tomar posse já este sábado.

Espero que a incapacidade que teve em negociar as carreiras dos professores não se estenda às várias áreas da Administração Pública”, disse Catarina Martins no final da reunião com o Livre, um encontro solicitado pelo partido de Rui Tavares, para aferir pontos de convergência com o Bloco de Esquerda. “É mais o que nos une do que o que nos separa”, resumiu Joacine Katar Moreira.

Questionada pelos jornalistas no final do encontro sobre a composição do novo executivo, Catarina Martins frisou que “o que vai definir o Governo são as políticas”. “Há uma continuidade entre este Governo e o anterior”, disse a dirigente bloquista, em declarações transmitidas pela RTP3. “Resta saber para quê”, atirou.

A capacidade de o Executivo “continuar o trabalho à esquerda” é que vai medir o pulso à legislatura, sublinhou Catarina Martins, lembrando que há temas importantes para resolver como por exemplo legislar aspetos particulares da lei de bases da saúde, como é o caso das Parcerias Público Privadas. Batendo na necessidade de investir no SNS “que está muito fragilizado”, a dirigente sublinhou que “o Orçamento do Estado tem de ser capaz”, ou seja, prevendo investimento público, recuperar salários e pensões, o segredo do sucesso do desempenho económico nacional, de acordo com Catarina Martins.

Por isso mesmo a líder bloquista desvalorizou as críticas avançadas esta terça-feira pela Comissão Europeia ao esboço do Orçamento enviado para Bruxelas por não cumprir as regras que exigem que o défice estrutural seja reduzido. “A Comissão Europeia faz sempre este pequeno número“, disse Catarina Martins. “Em vez de aceitar as decisões da Comissão, que vê Portugal como depósito da mão-de-obra barata para a União Europeia, o país deve fazer o contrário”, disse, criticando o facto de Bruxelas tentar travar o investimento público ou a recuperação de salários e pensões. “Quando se recuperam salários e pensões a economia fica melhor, porque os portugueses não põem o dinheiro em offshores. Investem na economia”, ironizou.

(Notícia atualizada)

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