Economia dá sinais de arrefecer. Produção industrial cai e vendas a retalho abrandam
O índice de produção industrial registou uma queda homóloga de 5,2% em setembro. Já o crescimento das vendas no comércio a retalho abrandou para 3,8% em setembro.
O índice de produção industrial registou uma queda homóloga de 5,2% em setembro, contra um recuo de 5,3% no mês anterior, sobretudo penalizado pelo agrupamento de energia, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O agrupamento energia apresentou o contributo com maior influência para a queda do índice agregado (-3,4%), em resultado de uma descida na taxa de 17,3% em setembro (contra uma queda de 21,5% em agosto).
Segundo o INE, o agrupamento de ‘bens intermédios’, por sua vez, registou uma queda homóloga de 5,5%, contra o recuo de 3,1% no mês anterior, enquanto o agrupamento de ‘bens de investimento’ registou um crescimento de 1,1% (7,2% em agosto).
No que se refere à variação mensal, o índice de produção industrial apresentou uma queda de 2,3% em setembro, com todos os agrupamentos industriais a apresentarem contributos negativos para a variação do índice agregado. A este nível destacou-se o agrupamento de ‘bens intermédios’ (-1,2 pontos percentuais), em resultado de uma taxa de negativa de 4,2% (aumento de 8,0% em agosto).
O INE referiu também que o índice teve uma contração homóloga de 4,1% no terceiro trimestre deste ano, quando no trimestre anterior a queda foi de 2,2%, sendo que o agrupamento de ‘bens de investimento’ foi o único a registar uma taxa de variação positiva (2,6% entre julho e setembro, e de 0,9% no segundo trimestre).
Crescimento das vendas no comércio a retalho abranda em setembro
O índice de volume de negócios no comércio a retalho registou uma subida homóloga de 3,8% em setembro, depois de ter avançado 4,9% em agosto, divulgou esta quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).
De acordo com os dados do INE, o índice do agrupamento de produtos não alimentares foi responsável pelo abrandamento do índice global, tendo desacelerado 2,3 pontos percentuais, para uma subida de 3,7%. Já o agrupamento de produtos alimentares passou de um crescimento homólogo de 3,5% em agosto para 3,8% em setembro.
O índice agregado registou uma queda mensal de 2,4% em setembro (tinha subido 0,6% no mês anterior), com o índice do agrupamento de produtos alimentares a passar de uma subida mensal de 1,1% em agosto para uma queda de 1,4% em setembro.
Por sua vez, o índice de produtos não alimentares passou de um crescimento de 0,2% para uma queda de 3,1%. Em termos nominais, o índice agregado desacelerou 0,8 pontos percentuais, para 2,2% em setembro. As variações dos índices dos agrupamentos de produtos alimentares e produtos não alimentares situaram-se em 3,0% e 1,5% respetivamente, quando tinham sido de 2,9% e 3,2% em agosto, pela mesma ordem.
No terceiro trimestre de 2019, as vendas no comércio a retalho subiram 4,7% em termos homólogos (5,0% no trimestre anterior), com ambos os agrupamentos (produtos alimentares e produtos não alimentares) a registarem abrandamentos de 0,6 e 0,2 pontos percentuais, respetivamente, fixando-se as subidas em 4,2% e 5,0%.
Quanto aos índices de emprego e de remunerações, foram registados aumentos de, respetivamente, 2,6% e 3,0% em termos homólogos (subidas de 2,5% e 3,4% em agosto). Quanto aos índices de emprego e de remunerações, registaram quedas mensais de 0,2% e 5,1%, respetivamente ( quedas de 0,4% e 4,6% no mesmo período de 2018.).
Em relação ao índice de horas trabalhadas, passou-se de uma subida homóloga de 0,7% em agosto para 2,9% em setembro e, quando comparado com agosto, aquele índice aumentou 1,2% (queda de 1,0% em setembro do ano anterior).
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