“Melhor altura para lançar a Libra foi há três anos. A segunda melhor é agora”, diz responsável pela moeda do Facebook
Kevin Weil, um dos responsáveis da subsidiária do Facebook que está a criar a moeda Libra, admitiu que a empresa perdeu a primeira onda da euforia das criptomoedas.
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O Facebook aproveitou o palco principal do Web Summit para justificar a decisão de criar uma moeda virtual universal, à qual chamou de Libra. Kevin Weil é vice-presidente de produto da Calibra, a subsidiária que está a desenvolver a criptomoeda. Esteve esta terça-feira na Altice Arena para garantir que o momento para lançar a divisa é “agora”… mas que só o fará quando tiver “todas as autorizações regulatórias” necessárias.
Já houve um momento melhor para lançar a Libra. O fenómeno das criptomoedas ganhou popularidade mundial no final do ano de 2017, o que levou Kevin Weil a confessar que o Facebook perdeu a primeira onda desta tendência: “A melhor altura para lançar a Libra foi há três anos. A segunda melhor altura é agora“, justificou o responsável.
Depois, o responsável da empresa do grupo Facebook também explicou o que deverá ser a moeda virtual do Facebook. A Calibra é apenas a carteira virtual da Libra que está a ser criada pelo Facebook e a ideia é que qualquer empresa interessada possa criar a sua própria carteira para a rede Libra, indicou Kevin Weil.
A empresa tenciona lançar o produto até ao final do primeiro semestre de 2020, mas tem vindo a reiterar que a Libra só vai ver a luz do dia quando todas as dúvidas das autoridades estiverem esclarecidas: “Só vamos lançar a Libra quando tivermos todas as autorizações regulatórias. Estamos comprometidos com isso”, assumiu o vice-presidente da Calibra do Facebook.
Só vamos lançar a Libra quando tivermos todas as autorizações regulatórias. Estamos comprometidos com isso.
Sobre as dúvidas em torno da privacidade da Libra, Kevin Weil disse que o Facebook dará uma justificação aos utilizadores sempre que lhes pedir dados pessoais e que estes terão o poder de decidir transferir os seus dados para outros fornecedor de serviços na rede da Libra. “É a vantagem da interoperabilidade deste sistema”, disse o responsável.
Kevin Weil falou ainda do processo de decisão no Facebook que levou ao lançamento da Libra. “O Mark [Zuckerberg] é incrivelmente guiado por um sentido de missão. Quando surgem oportunidades destas, ele pergunta: qual é a missão? Podemos aumentar o acesso a serviços financeiros em todo o mundo? Nós, no Facebook, estamos numa posição única para gerar impacto nesta área. É este o início da decisão. Quando o Mark se compromete, ele compromete-se”, apontou.
A Calibra é um dos elos do consórcio de mais de duas dezenas de empresas que está a trabalhar no desenvolvimento da Libra — incluindo a luso-britânica Farfetch. No Web Summit, o responsável da Libra prometeu que o Facebook não vai ter o controlo da criptomoeda, mas sim todo o ecossistema de parceiros em conjunto, através de um sistema de votação.
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