Glaxo com dificuldade em recrutar para a equipa de inteligência artificial
A GSK quer 80 profissionais em 2020, mas a escassez de oferta na área de IA está a obrigar a farmacêutica a recrutar nas universidades, na Marinha norte-americana e até na indústria da música.
A farmacêutica multinacional britânica GlaxoSmithKline, tem apostado na inteligência artificial para o desenvolvimento de medicamentos. Até ao final de 2020, a GSK quer preencher as 80 vagas para a nova unidade de inteligência artificial dedicada à genómica funcional, que ficará sediada em São Francisco, nos EUA. Mas a oferta deste tipo de profissionais escasseia, por isso a Glaxo tem procurado profissionais nas universidades, na Marinha norte-americana e até na indústria da música, avança o jornal britânico The Guardian (acesso livre/ conteúdo em inglês).
“Na inteligência artificial, estamos à procura dos melhores em todo o mundo. E são muito difíceis de encontrar. A competição é maior e não há um grande número de pessoas“, sublinha Tony Wood, vice-presidente de ciência médica e tecnologia da GSK. Os profissionais ficarão distribuídos por Londres, Heidelberg, São Francisco, Filadélfia e Boston.
Para Londres, a Glaxo procura de profissionais com mestrado ou doutoramento para trabalharem em projetos de desenvolvimento de medicamentos com recurso à inteligência artificial.
A IA veio desafiar os métodos tradicionais de desenvolvimento de medicamentos, acelerando os processos de desenvolvimento e aumentando a taxa de sucesso da aplicação dos medicamentos em 10%, refere o The Guardian. A IA poderá ser o caminho para descobrir tratamento para cancros e doenças autoimunes, tais como a artrite reumatoide. Em São Francisco, a Glaxo terá uma parceria com a Universidade de São Francisco para desenvolver um novo laboratório dedicado à genómica funcional.
A GSK tem ainda apostado na investigação do genoma humano, com base em evidências genéticas, com o objetivo de corrigir defeitos genéticos e remodelar as células dos doentes para combater doenças. A farmacêutica britânica desenvolveu uma das primeiras terapias com recurso à genética, designada Strimvelis, para tratar uma imunodeficiência rara conhecida como síndrome “bubble baby”. O Strimvelis é utilizado em doentes que não possam receber um transplante de medula óssea por não possuírem um dador familiar compatível.
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