Caixa sobe as comissões. É isto que fica mais caro

O banco público agravou este sábado um conjunto de comissões que cobra aos clientes nos seus produtos e serviços. Fique a conhecer sete das principais mexidas no preçário da CGD.

É cliente da Caixa Geral de Depósitos (CGD)? Então esteja atento porque o banco público implementou este sábado alterações ao seu preçário que vão encarecer um conjunto de comissões. São sete as principais mexidas de custos, com estas a terem entre os principais alvos as contas “pacote” e “low cost”, mas também chegam às transferências, com a Caixa a começar a cobrar no MB Way, e ao custo do aluguer de cofres, tal como o ECO avançou há três meses. Veja se é um dos clientes da Caixa que vai passar a pagar mais.

1. SMB passam a ser pagos, por alguns

As contas de Serviços Mínimos Bancários (SMB) eram até agora gratuitas para todos os clientes que reunissem condições para a elas aceder. Contudo, uma parte dos clientes perde essa isenção a partir de hoje. A Caixa começa a cobrar 35 cêntimos por mês (4,20 euros anuais) aos titulares dessas contas cujos rendimentos sejam superiores ao salário mínimo nacional. Os restantes clientes mantêm a isenção.

2. “Conta S” fica mais cara

As contas “pacote” da CGD, que contam com cerca de 1,7 milhões de titulares, são um dos principais alvos das mexidas no preçário de comissões. Os clientes com a “Conta S” — a conta “pacote” mais básica do banco — passam a pagar uma mensalidade mais alta. Quem reúne condições para ter uma bonificação nesta conta, vê os respetivos encargos mensais passarem de 2,912 euros, para 3,328 euros, representando um encargo anual acrescido de cinco euros. Nas contas sem direito a bonificação, o encargo mensal passa dos 4,16 euros, para 5,148 euros, com o encargo anual a crescer cerca de 12 euros.

Este aumento de encargos é, contudo, compensado por um incremento do número de transferências bancárias sem custos que passam de duas mensais para quatro (inclui as transferências MB Way). Também a “Conta M” passa a permitir mais transferências bancárias sem custos — passam de três para cinco por mês –, na “Conta L” mantém-se um número ilimitado de transferências. Nestas duas últimas, os encargos mensais para os clientes mantêm-se.

3. “Conta Caixa Azul” mais barata, mas só na bonificada

A “Conta Caixa Azul” destinada a clientes com mais recursos, pelo contrário, beneficia de uma redução de comissão de manutenção nos casos em que há direito a bonificação. Nesse caso, a mensalidade passa de 7,28 euros mensais, para 5,20 euros. Mas para isso, para além da domiciliação de rendimentos, passam a ser exigidas ainda duas ou mais autorizações de débito na conta associada. Para as restantes contas “Caixa Azul” mantêm-se as comissões em vigor.

4. Levantar dinheiro ao balcão vai ficar mais caro

Levantar dinheiro a um balcão da CGD fica mais caro. Aos clientes que a partir de agora apresentem a caderneta para levantar dinheiro passam a cobrados 3,12 euros, acima dos 2,86 euros que vigoravam até agora.

Ainda assim, mantêm-se em vigor algumas isenções que são atualmente previstas. Segundo a CGD esta comissão continuará a não ser aplicada no caso de a máquina da rede Caixa não existir ou se estiver avariada, se houver “manifesta incapacidade do cliente para a atualização de dispositivos automáticos”.

Mas também se o levantamento for feito numa conta à ordem cujo somatório dos rendimentos domiciliados seja de valor inferior a uma vez e meia o salário mínimo nacional, em que o primeiro titular tenha uma idade igual ou superior a 65 anos e um dos titulares tenha património financeiro com saldo médio igual ou inferior a 20 mil euros, mas a isenção só se aplica até dois levantamentos por mês. Antes o limite eram três levantamentos por mês. Até três levantamentos em conta base caderneta também são isentos deste encargo.

5. Atualizar a caderneta ao balcão paga mais

A atualização de cadernetas ao balcão também fica mais cara. Deixa de custar 1,04 euros, passando a ser cobrados 2,08 euros. Ou seja, o dobro. Esse valor apenas não é cobrado em casos de ausência e/ou avaria de ATS e atualizadora, ou em situações em que haja “manifesta incapacidade do cliente para a atualização de dispositivos automáticos” (casos de clientes invisuais, analfabetos).

6. Transferências MB Way passam a ser cobradas

A realização de transferências MB Way passa a ser cobrada a partir de agora a quem use a app MB Way da SIBS, com o banco público a seguir os passos da concorrência. Nesses casos, o custo destas transferências será de 88,4 cêntimos por operação, ficando isentos deste encargo os clientes com menos de 26 anos e os que têm “Conta Caixa”, mas neste último caso com alguns limites. Quem utilizar as aplicações da Caixa (Caixadireta, Caixa Easy e Dabox) para realizar essas transferências também continua a não ver cobrado qualquer encargo.

7. Aluguer de cofres fica mais caro

A utilização de cofres também fica mais cara, agravamento que abrange desde os de menor dimensão aos maiores. Por exemplo, o aluguer de um cofre com até 20,99 dm3 de dimensão passa a custar 67,65 euros, acima dos 61,5 euros que vigoravam até agora. Já o aluguer dos cofres maiores, com mais de 1.700 dm3, vai passar a custar 2.337 euros. Este valor compara com os atuais 885,6 euros.

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