Caixa não vai aumentar comissões em 2020. Palavra de Paulo Macedo
Paulo Macedo garantiu esta sexta-feira que o banco não vai voltar a mexer no precário aos clientes particulares no próximo ano além das mexidas que já foram comunicadas recentemente.
“A não ser por alguma alteração anormal das circunstâncias, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), relativamente aos seus clientes, designadamente aos particulares, não tenciona voltar a aumentar as comissões durante todo o decorrer do ano que vem além do que já foi anunciado”, assegurou esta sexta-feira o presidente do banco, Paulo Macedo.
Na apresentação dos resultados dos primeiros nove meses do ano, Paulo Macedo diz que “só uma alteração dos cenários em cima da mesa é que o banco pondera voltar a alterar as comissões em 2020”. “E estou a fazer esta salvaguarda: se houver algum movimento anormal de uma multinacional ou outro tipo de ação que não estamos a antever no mercado”, explicou.
Sobre a polémica em torno da subida das comissões, o presidente da CGD referiu que as receitas com o comissionamento subiram apenas 1,4% este ano. “De tudo isto que vem sucedendo contra a Caixa, o que aconteceu foi um aumento de 1,4%. Isto foi o que aconteceu nas contas”, sublinhou Paulo Macedo, para depois enunciar os benefícios que os clientes particulares e empresas estão a ter com o ambiente de juros negativos.
No caso das famílias, mais de 10 mil créditos estão a tirar partido de juros negativos, com um encargo de 40 milhões para o banco. Já as empresas “tiveram 85 milhões de euros de juros que pouparam” e “menos dez milhões que pagaram em comissões” face a 2016.
Paulo Macedo adiantou que o objetivo previsto no plano estratégico acordado com as autoridades europeias, de aumentar as comissões em 100 milhões de euros, “não será atingindo”.
"A não ser por alguma alteração anormal das circunstâncias, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), relativamente aos seus clientes, designadamente aos particulares, não tenciona voltar a aumentar as comissões durante todo o decorrer do ano que vem além do que já foi anunciado.”
Macedo afasta comissão sobre empresas públicas
Ainda sobre o tema das comissões, desta vez a propósito de uma iniciativa da Associação Portuguesa de Bancos junto do Banco de Portugal, para que o setor possa aplicar uma comissão sobre depósitos de grandes clientes, Paulo Macedo indicou que a Caixa não pretende aplicá-la às contas de empresas públicas.
“Não vamos cobrar comissões aos particulares, nem empresas, nem empresas públicas”, assegurou o presidente da CGD.
Acrescentou que a “única vontade é cobrar a bancos e instituições financeiras”. Ou, “se houver uma situação de fluxo para a Caixa, de multinacionais que vem para CGD para fugir a outra comissão noutro banco”, a instituição também irá equacionar nesse caso.
A CGD registou uma subida de 74% dos lucros para 640,9 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com o resultado a ser impulsionado sobretudo pela alienação dos bancos em Espanha e África do Sul.
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