Ministério das Finanças admite “documento de trabalho” sobre injeção no Novo Banco

  • ECO
  • 22 Janeiro 2020

Ministério liderado por Mário Centeno não comenta o documento de trabalho que prevê injecção de 1,4 mil milhões no Novo Banco, mas não o nega.

Depois de desmentir ter recebido uma proposta do Banco de Portugal com um cenário de injeção final de 1,4 mil milhões no Novo Banco, o ministério das Finanças já não nega que tem em cima da mesa um “documento de trabalho” em que essa hipótese é estudada, avança o Público (acesso condicionado).

Tal surge no seguimento de uma questão colocada ao ministério tutelado por Mário Centeno por aquele jornal, designadamente se confirmava a existência de um relatório de trabalho enviado pelo Fundo de Resolução, organismo liderado por Máximo dos Santos, a prever uma injeção de 1,4 mil milhões de euros no Novo Banco, e preferencialmente de uma só vez. A resposta a essa questão por parte do Ministério das Finanças foi que “não comenta documentos de trabalho”.

Essa resposta surge depois de na sexta-feira da semana passada, o ministro Mário Centeno ter dito que “o Governo não tem nenhuma proposta para análise relativa à ‘estratégia de limpeza dos créditos problemáticos do banco'”.

A confirmar-se esta verba de 1,4 mil milhões de euros, somada aos 1,94 mil milhões que o Estado já injetou no Novo Banco deste a venda ao Lone Star, totalizaria em 3,3 mil milhões de euros essa ajuda estatal. Ou seja, ficando a 600 milhões do limite máximo previsto na almofada, de 3,9 mil milhões de euros, negociada com o Governo.

Na resposta enviada ao Público nesta terça-feira, o Ministério das Finanças clarificou, contudo, que “não está a avaliar qualquer injeção de capital no Novo Banco para 2020 constante de qualquer documento de trabalho”, reafirmando o compromisso assumido no Orçamento do Estado para 2020.

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