Ministério das Finanças admite “documento de trabalho” sobre injeção no Novo Banco
Ministério liderado por Mário Centeno não comenta o documento de trabalho que prevê injecção de 1,4 mil milhões no Novo Banco, mas não o nega.
Depois de desmentir ter recebido uma proposta do Banco de Portugal com um cenário de injeção final de 1,4 mil milhões no Novo Banco, o ministério das Finanças já não nega que tem em cima da mesa um “documento de trabalho” em que essa hipótese é estudada, avança o Público (acesso condicionado).
Tal surge no seguimento de uma questão colocada ao ministério tutelado por Mário Centeno por aquele jornal, designadamente se confirmava a existência de um relatório de trabalho enviado pelo Fundo de Resolução, organismo liderado por Máximo dos Santos, a prever uma injeção de 1,4 mil milhões de euros no Novo Banco, e preferencialmente de uma só vez. A resposta a essa questão por parte do Ministério das Finanças foi que “não comenta documentos de trabalho”.
Essa resposta surge depois de na sexta-feira da semana passada, o ministro Mário Centeno ter dito que “o Governo não tem nenhuma proposta para análise relativa à ‘estratégia de limpeza dos créditos problemáticos do banco'”.
A confirmar-se esta verba de 1,4 mil milhões de euros, somada aos 1,94 mil milhões que o Estado já injetou no Novo Banco deste a venda ao Lone Star, totalizaria em 3,3 mil milhões de euros essa ajuda estatal. Ou seja, ficando a 600 milhões do limite máximo previsto na almofada, de 3,9 mil milhões de euros, negociada com o Governo.
Na resposta enviada ao Público nesta terça-feira, o Ministério das Finanças clarificou, contudo, que “não está a avaliar qualquer injeção de capital no Novo Banco para 2020 constante de qualquer documento de trabalho”, reafirmando o compromisso assumido no Orçamento do Estado para 2020.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Ministério das Finanças admite “documento de trabalho” sobre injeção no Novo Banco
{{ noCommentsLabel }}